segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pela Alma

Lisboa - 1 de Fevereiro, pelas 19h00, na Igreja da Encarnação, no Chiado, a Missa por alma de S.M. o Rei Dom Carlos e SA.R. o Príncipe Dom Luís Filipe.

Porto - 1 de Fevereiro será celebrada Missa, na Igreja dos Clérigos, pelas 19horas, em memória do Rei Dom Carlos e do Príncipe Real Dom Luís Filipe, sendo presidida pelo Reverendo Pe. Gonçalo Aranha, com a presença de Sua Alteza o Senhor Infante Dom Henrique, Duque de Coimbra, convidando todos os associados e simpatizantes a nela participar.

Agradecimentos às Reais Associações das duas cidades

Uma Monarquia para Portugal

A Real Catholic Monarchy, by John Médaille
Concerning the king, he needs to have real authority, an authority that extends to the executive, legislative, and judicial functions. Of course, he should not be the only authority in these areas, nor even necessarily the ordinary authority; but he should, in some sense, be the ultimate authority. The king’s government also needs to have its own revenue stream, one fixed in the constitution and independent of any legislative body. A king who has to beg his bread from the legislature is no king, and whoever holds the power of the purse will soon hold all other powers. The legislature may by its own will supplement the constitutional revenues, perhaps to pay for a war or some other extraordinary expense, and they may control the funds they levy. But for the budgeting of the constitutional revenue, the king should be primary, or even the sole, authority. Other authorities may comment, they may even censure a king, such as when a king neglects the defense of the realm to build himself palaces. But in the practical world, control of the budget is control of everything else. The king should also hold an absolute veto over both the legislature and the judicial functions. And finally, there needs to be a difficult but peaceful means of removing a king; without this, kings themselves become the cause of revolutions.

The more difficult question actually concerns the aristocracy. Both Aristotle and Aquinas thought of aristocracy in terms of virtue and accomplishment rather than in terms of birth and wealth. The latter they considered to be a mere oligarchy. However, men often confuse wealth with worth, and this is especially true of the men with an excess of wealth and an absence of worth. In my opinion, even in cases where there is a requirement of wealth or birth, there should still be a selection process to choose the best of the wealthy or well-born. But whatever the process, the function of the aristocracy is virtue. I interpret this to mean that they should be a source of impartial commentary and judgment on political affairs. In the next installment, I will deal in greater detail with some solutions to the aristocratic problem.

Finally, there is the democratic problem. Democracy works best at the local level, and a national democracy is almost a contradiction in itself, since the staggering costs of national campaigns enforce an oligarchic control. Nor can this problem be solved by some sort of campaign finance reform or even public funding of elections, unless we are willing to forbid all political speech, save that funded by the public purse. But that would be a form of tyranny in itself. The best way to reduce the cost of elections is to make the districts small, which will keep the cost of campaigning cheap, and hence less susceptible to oligarchic control. Small districts imply large legislatures, and this has the advantage of making them slow and unwieldy, able to agree on laws only when they are most necessary. But if one wants a small and more agile legislature, then perhaps it would be wise to chose it by indirect elections, with electors chosen at the neighborhood level, who then meet in an assembly to choose the actual legislators. In any case, deliberative forms of democracy, such as the caucus or the town meeting, should be favored over electoral forms, such as secret ballot. But whatever the size and composition of the legislature, it should have clearly defined and limited powers.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Comunidades Imaginadas e Nacionalismo

e a razão de este ser uma ameaça ao pensamento contra-revolucionário.

Depois vem uma enorme confusão. Diz o Rodrigo N. que o Contra-Revolucionário luta por uma comunidade jurídica e que o nacionalismo que perfilha se guia por um critério histórico. Se este erro é comum, não é certamente menos disparatado. Ao longo de toda a Época Medieval não existiu qualquer teoria que tenha defendido a defesa do Rei ou da comunidade política apenas por esta ser a sua. Pelo contrário, a filosofia política medieval supreende o homem moderno pelo seu constante apelo a critérios que são extra-jurídicos. A comunidade jurídica deve existir porque serve finalidades que são maiores que a própria e o Direito serve para as proteger. Ninguém diz “defende o teu Rei ou o teu país porque eles são o teu Rei e o teu país”, mas tenta munir o homem de critérios para que encontre a acção justa (saber que Rei servir vem da capacidade de compreender a melhor ordem política). Ora quem usa esse argumento são precisamente os defensores da modernidade que dizem “o que é justo é aquilo que a comunidade ou o Rei te dizem”. Muitos até dizem que isso é ser contra o “abstracionismo universalista”...

Todos percebem o que o autor quer com isto e a confusão desemboca onde todos (menos o autor do escrito) já perceberam irá dar. Se o “verdadeiro nacionalismo” está acima da especulação, não se percebe qual é o critério acima do jurídico ( que expressa a vontade da comunidade) que poderá ser “histórico e étnico”. Há uma inconsistência grave e elementar em todos os que dizem que a comunidade é o critério e depois desatam a dar-lhe os seus critérios. Se assim fosse, não deveria o RNP aceitar os critérios que lhe são dados pela presente comunidade e aceitar as suas leis (a imigração p.ex.)? A não ser que se encontre inserido noutra comunidade, mas isso de comunidades imaginadas é um instrumento de poder, como dizia o Anderson. Habitar comunidades imaginadas e falar contra a abstracção é caso estranho.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Porque a felicidade se consegue com pequenas coisas, pequenos momentos, grandes músicos.

Há dias assim...

Crítica de concerto (IV)

Por ocasião do curso de aperfeiçoamento pianístico realizado na Fundação Engenheiro António de Almeida, houve a oportunidade de ouvir a pianista Rita Kinka ao vivo, a tocar os 24 Prelúdios, "Os quados de uma Exposição" de Modest Mussorgsky e um extra programa: "Gondoliera" de Franz Liszt, peça que faz parte do Suplemento ao Volume II de Itália dos "Anos de Peregrinação", sendo por ocasião, pelas palavras da própria, "do 200º centenário do nascimento do compositor".
A performance não começou da melhor maneira, parecendo que estava "a aquecer", com bastantes erros nos 1º (pouca clarividência na pulsação), 3º (onde estava a mão esquerda?, conseguindo enganar-se na mão direita??) e 5º (faltou maior junção das harmonias das duas mãos). Nos prelúdios lentos (2º, 4º, 6º), adorei a condução da melodia, mantendo-nos em suspense pelo que ia acontecer de seguida. Gostei da força e carácter da melodia (feita com o polegar da direita) do 8º. Gostei particularmente do 23º onde realmente senti plenitude em tudo o que a Pianista fazia. Pena que tenha sido só nessa altura. Dos restantes, senti que já os toca há muito tempo, que sabe exactamente o que quer mostrar em cada um. Delicadeza, força, direcção, proporcionaram ambientes contrastantes. tal como na peça seguinte.
Tal como no ciclo de peças anterior, na segunda parte podemos continuar a ouvir uma qualidade de som muito boa, variedade de timbres, grande musicalidade, momentos orquestrais.
O facto de a sala ser péssima - o concerto foi na sala do piso superior, que é um autêntico salão de festas, de baile, com um piano duro de roer, em vez de ser na melhor sala do auditório, que estava ocupado - não ajudou nada.
Com sala cheia, o que se revelou um dado fantástico, de como foi possível ter tanta assistência para um concerto desta natureza, o primeiro de uma temporada que foi criada para substituir a extinta (por razões económicas) que se realizava no salão Árabe do Palácio da Bolsa. Mostrou que toda a gente que ia ver os concertos no outro sítio não fugiu e que ainda mais pessoas apareceram, diversificando a audiência presente (com alemãs presentes).
Mas, como é da praxe (e tudo o que é praxe, é mau), lá estavam as pessoas que se lembram, nos momentos mais íntimos, suaves e delicados das peças, de tirar da carteira os rebuçadinhos embrulhados em plástico e toca de os desembrulhar muuuuuuito devagar, para podermos ouvir claramente cada parte a ser aberta. Chiça, que estas pessoas ainda não meteram na cabeça que ou fazem isso ANTES do concerto começar ou nas partes de maior volume ou "Façam o favor de serem rápidos". Não há paciência para essas coquetes!!!!
O extra foi lírico e delicado. Conseguiu transportar-me para outros mundos.
A opinião das pessoas foi muito positiva, até para o vestido da pianista.
Foi um concerto a que valeu a pena ter assistido.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um grande amigo meu vai tocar o primeiro andamento do Concerto de Grieg, com a Orquestra Jovem.

É a melhor deixa para mostrar este momento de puro romantismo nórdico. Fica aqui só um pequeno suspiro, a Cadência do Primeiro Andamento.

Com um pianista que raras vezes é mencionado em conversas sobre quem gostamos de ouvir , mas que sempre que o oiço, na rádio, na TV, ao vivo, etc. fico encantado.

Ao meu amigo desejo-lhe toda a sorte do mundo para este novo desafio, que ganhou por direito próprio num concurso. Ainda por cima tocar com colegas de orquestra que são seus pares de escola deve ser também algo familiarmente profícuo, interessante.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

no Dragoscópio
Eu explico. Só povos castrados e efeminados, além de imbecilizados e remetidos à escala molusca, votam. Um povo que assina de cruz, além de tudo isso, declara-se politicamente analfabeto e mais não faz que entregar-se tansamente à tutorização despótica de quadrilhas organizadas. Mas pior ainda que toda esta panóplia de infâmias e pusilanimidades é o próprio acto em si, individual, de depor o papelinho no caixote. Que uma mulher vote, acho perfeitamente normal e pacífico. É como usar saia, brincos, baton, bela cabeleira e voz coquete. Sim, isso e gemer durante a cópula, lavar pratos ou mudar fraldas. Numa mulher fica bem. Agora num homem, convenhamos, é mariquice das grandes. E não só fica mal como é repugnante. Direi mais: o sufrágio universal (que não há-de demorar muito a tornar-se obrigatório e compulsivo) é só mais um capítulo duma fobia particularmente vil, rastejante, venenosa e, esta sim, pouco recomendável: a androfobia. Ou seja, a aversão concertada e massificada à virilidade, à bravura, à coragem e, enfim, a todas aquelas virtudes que, apesar de tudo e de todas as paneleirices económicas que se conhecem e sempre minaram e parasitaram o empreendimento, ergueram a civilização.

Convite a uma Exposição (b)

É só para lembrar aos leitores que a Exposição a que já fiz referência anteriormente pode ser vista até ao final do dia de hoje. Peço desculpa pelo atraso na divulgação desta informação, mas só soube hoje, infelizmente.

Pequeno retábulo da minha pessoa (Crónica V)

Porque a realidade é bem melhor que a ficção.



Um passarinho disse-me ALgo,

é de ALguém ou ALguma coisa,
ALegria ALeatória
ALicerçada na ALma
do Amor
pascaL

Educação Pública e Privada

Apesar de compreender perfeitamente as críticas de Nuno Lobo às declarações pouco amistosas da Ministra da Educação, que atingiram particularmente os militantes da associação SOS Educação, e aconselho vivamente a leitura deste texto, que mostra muito bem a arrogância típica deste tipo de ministérios de opinião totalitária.
Mantenho, no entanto, as minhas sérias dúvidas quanto ao projecto de alguns dos nossos demoliberais para a criação de um sistema de educação privada comparticipada, e com as devidas desculpas a JSarto, sempre um dos bloggers mais lúcidos que se pode ler, penso que a opinião de Helena Matos deve ser sempre reproduzida com igual boa dose de cuidado. Não por ser uma cronista tendenciosa, mas sim por se dar a ares de pretensiosa omnisciência para assuntos que domina pobremente.

Duvido sinceramente da Educação Privada comparticipada pelo Estado porque acredito que a educação privada deve nascer da responsabilidade dos seus utilizadores e dos seus promotores, e acima de tudo a educação privada serve como alternativa ao modelo de ensino controlado e regulado pelo Estado. Se a educação pública é um meio de garantir uma maior mobilidade social e a recolha de novos talentos para a promoção do bem público - e não, na minha opinião, um direito individual que deve ser imposto selvaticamente sobre o sistema - a verdade é que a educação privada deve ser deixada livre para contrariar o monopólio educacional do Estado e a independência intelectual dos cidadãos. Ora, a comparticipação pública deste ensino, em ambiente democrático, acabará por se resumir na intervenção sistemática do Min. Ed. nos programas desses estabelecimentos privados.

Por muito que se consiga auferir (o que duvido), ano a ano, o valor real do custo de cada aluno na Educação Pública, esse mesmo custo com certeza variará continuamente, e é ainda assim um custo absolutamente desajustado da comparticipação média através dos impostos dos cidadãos. Mesmo que um aluno custe 5mil euros por ano ao Estado (como afirma Helena Matos, baseada em sei lá que estatísticas, uma vez que o Governa nunca as realizou ou deixou realizar), poucas são as famílias de cujos impostos se retiram 5mil euros para educação.
O valor de cada contribuinte para o sustento do ensino público, esse sim, devia ser retirado àqueles que usam estabelecimentos privados de ensino - devemos até considerar que aqueles que não têm encargos de educação por não terem filhos também deviam receber cortes fiscais nessa medida. A teoria de alguns demolibs e conservadores cá da casa impõe uma comparticipação obrigatória por parte do Estado tendo em vista valores como a distribuição da quantidade de alunos e uma suposta descida na despesa: como tenho perfeito conhecimento das medidas liberais de privatização amigalhaça deste país, já duvido a priori desta suposta descida de custos. De resto, o valor mais importante a atribuir ao ensino privado é que este deve ser, o mais possível, um ensino virado para uma comunidade específica, com valores próprios e o mais resguardada possível do Estado: para não acontecer o que já acontece em Espanha, em que o Estado impõe a sua opinião a colégios católicos que, habituando-se à mesada pública, vêem-se agora desavergonhadamente obrigados a contrariar a doutrina católica no seu ensino.

Se o Estado paga o ensino dos jovens educandos, tem todo o direito a exigir que esses estabelecimentos ensinem a nova educação sexual, a tolerância e aceitação obrigatória às minorias sexuais, etc.

Num passe de mágica, toda a educação é nacionalizada e a mediocridade pode pois reinar suprema. Em nome da competição e da escolha parental.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011






















He refused the handkerchief with which they were about to bandage his eyes: and advancing towards the picket who were to shoot him, he let fall his wounded hand, and putting the other upon his heart, he said to the soldiers,

“Soldiers, aim true! It is here that you must strike a brave man. Vive le Roi!

Crítica de concerto (III)

"Dia 21, Igreja da Lapa, concerto de órgão."
Parecia ser interessante, até porque já tinha visto o concerto do dia anterior.
Sem saber mais nada lá fui.

Primeira surpresa: Entrada -10 euros! Mas então o Festival (que decorreu de 17 a 22 de Janeiro) não era todo de borla?

Entro, recebo o programa do Festival e vejo uma Igreja apinhadíssima, outra grande surpresa, pois com o frio que estava, não era nada convidativo sair de casa.
Consigo lugar no Altar (ò pra mim, em lugar importante - brincadeira) e fico de frente para o resto da Igreja e para o imponente e belíssimo Órgão de Tubos - o maior órgão sinfónico português em funcionamento -mas de costas para Jesus.
E reconheço várias pessoas: D. Manuel Clemente, Hélio Loureiro, Nuno Caaaaardoso (ok, não vale brincar com a gaguez dele), Bispos (mas nenhuma "Irmã" por sinal), e outra pessoas de que já não me lembra o nome.

Afinal ia ser concerto com vários organistas:

Jean Guillou (o mais velho), com uma casaca Azul bem vistosa, deu-me momentos de pura urticária; então não é que começou com 3 Sonatas de Domenico Scarlatti? Em órgão soam bastante estranhas, e nem eram das mais conhecidas (este compositor escreveu mais de 500 sonatas ). Mas por este organista (com uma "fulminante técnica" que "brilha e domina" - de acordo com o Programa ) parecia estar a ler à prima vista, eu só ouvia Glissandos, chocalhos e improvisações. Bolas.

Passamos para Antonio Vivaldi: Concerto para violino e orquestra transposto para órgão pelo mesmo intérprete. Outra salgalhada, só percebi o início de cada andamento, o resto era só fumaça.

Réplica Opus 75, de Jean Guillou. Estilo aleatório, um pouco incongruente. Posso estar a ser injusto, como é o mais provável, mas a necessidade de tentar transpor esta experiência para o domínio de uma determinada linguagem musical faz com que não consiga estabelecer nenhuma comparação ou tentativa de assemelhação às inúmeras linguagens do Século XX, pois parecia uma mistura muito pessoal de Serialismo, Dodecafonismo, como Impressionismo e demais linguagens.

Mas quando passa para o Concerto para 4 cravos, cordas e baixo contínuo em Lá menor, BWV 1065, em referência/como (a tradução melhor seria "depois de" - nach) o de Antonio Vivaldi Opus 3, 10 RV 580, em arranjo para 4 órgãos mais o Grande órgão de tubos; então finalmente oiço música bem interpretada.
Deu gosto ver a sobriedade de Joahannes Skudlik, um dos organistas, só a dirigir. Estando bem entrosados (linguagem futebolística), conseguiram finalmente dar algum sentido ao tempo despendido até então. Foi perfeitamente visível no semblante das pessoas que era outra maneira de tocar, outra limpeza. Pessoas que até então só punham as mãos na boca a roer a unhas ou que bocejavam (não vou dizer quem), muito desapontadas, agora renasciam.

Claro que são de excluir os alunos de órgão, que vendo os seus ídolos tocar mesmo à sua frente, lacrimejavam de orgulho, sentindo uma emoção enorme por ali poderem estar, o que é fantástico, demonstrando o poder da Música nas pessoas.

Agora vem o mais fascinante, "La Révolte des Orgues" Opus 69 para 9 órgãos e percussão. A peça, de Jean Guillou, com todos os outros organistas do Festival (incluindo o português Filipe Veríssimo), teve como maestro o mesmo da peça Bach e percussionista a muito ágil e penetrante visual e musicalmente, Hélène Colombott.
Adorei esta peça. A mistura entre os diversos registos, timbres, isto é, "personalidades" de cada órgão, com os gongos, tambores e demais instrumentos, criavam um ambiente apoteótico, envolvente, de puro êxtase. Ressoando nas paredes grossas, nos vitrais, em Jesus, com os olhos fechados sentiamos arrepios na espinha.

A completa antítese disto foi a intervenção, palestra de Padre António Ferreira dos Santos, que para dizer 2 palavras demorava uma eternidade, à espera que todas as vibrações das palavras se desvanecessem num puro e completo silêncio antes de mais 2 palavras.
Tudo isto para explicar o porquê do Festival - reunião de grandes nomes organistas - do concurso Ibérico que se realizará em Setembro, do Euro-Via-Festival, percorrendo os caminhos europeus desde Roma a Santiago de Compostela, só pelas cidades com órgãos e dos Concertos sem-paragem de Outubro próximo. Parece muita coisa, mas não é, porque demorou 40 minutos a falar.

Sejam bem vindos ao mundo dos órgãos!!!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Um "Austríaco" no Vaticano?

Ettore Tedeschi, director do Banco do Vaticano, declarou recentemente as suas sérias reservas em relação à política monetária dos EUA e da UE, que ele reputa de ferozmente keynesianas:
He is known as a staunch capitalist with a deep concern for the Church’s social teaching. He is also a former professor of financial ethics at the Catholic University of Milan.
(...)

In Europe, he said, the issue is the opposite. Because of the lack of widespread private debt, a "privatization" effort is being enacted to absorb the large public debt of banks and businesses.

This also is Keynesian policy, which "perseveres against the scorned savings," Tedeschi said.

Governments on both sides of the Atlantic, he said, are committed to Keynes' policy of increasing public debt to sustain levels of economic production, consumption, and employment.

He said artificially low interest rates are another key to the strategy of increasing spending and discouraging saving. With no incentive to keep money in the bank, those who would have otherwise been savers are pushed to spend.

"Zero interest rates factually equal a de facto transfer of wealth from he who was a virtuous saver (although not for Keynes) to he who has become virtuously (for Keynes) indebted," he said. "Practically, it's about a hidden tax on poor savers, a tax transferred to the wealthy, (that is), over-indebted states, business people and bankers.”

Although the alternative to zero interest in such a situation is economic collapse and eventual default, the zero-rates "are not sustainable and are dangerous," Tedeschi warned.

"They destroy savings, which is an essential resource to create the base for bank credit; they promote speculation on real estate and securities, create illusory artificial values rather than scaling them down; they push consumption to more risky debt; they alter the market with artificial values and thus lead to belief that the very markets do not know how to correct themselves."

The biggest danger, Tedeschi said, is that zero interest rates "permit, or impose governments into management of the economy, without correcting inefficiency and facilitating distortions in the competition."

sábado, 22 de janeiro de 2011

Propostas de Blogues (II)

Um dos Blogues que está presente nas minhas escolhas favoritas é o de um Grande Amigo meu:

Nuno Costa, que me ajudará imenso na, espero eu, profícua materialização da minha Tese de Mestrado sobre a obra para piano do Compositor Joaquim dos Santos.

Sendo um amigo de longa data, pianista e compositor e tendo sido um grande amigo do Compositor, será um prazer trabalhar com ele.

Na defesa da - BOA - música portuguesa!!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Política previsível (II)

Eleições Presidenciais, vistas pelo prisma da música (calma, eu não estou a apelar ao voto, ... se bem que votar, hummm, mesmo nulo/branco, até nem era má ideia...mas, quem sou eu?):

- Um candidato apoiado por uma maestrina - Joana Carneiro
- Outro por Rui Veloso
- Outro que é Poeta
- Outro que só nos dá é um ganda baile

Os outros,


!!!Eh pá,
Eu quero lá saber.
"Porreiro Pá!!!"

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pequeno retábulo da minha pessoa (Crónica IV)

Um dia, a Minina do Mar vociferou,
Mas como ninguém a achava má,
Ela acalmou.
Um rapaz, dentre eles, declamou.
E ela corou.
Ele, muito graciosamente, galanteou.
E ela gostou.

Não sabemos se namorou.
Isso fica para outra história.
A História da Ave sem Eira nem beira.


Assim dedicou.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Recordações da Hungria (III)

Agora que tanto se fala em Brazil pelas piores, num início nada alegre de presidência por parte do mandato de Dilma Roussef (admito que tive de ir ao google ver qual era mesmo o nome, tchiii), e porque as lembranças de Budapest são mais que muitas, relembro-me da questão, aflorada por um colega brazileiro (nas aulas de coro, sempre muitíssimo fáceis de seguir, pela correcção de afinação e terrivelmente entediantes, por causa da língua), de que o facto de se ter apostado quase exclusivamente na defesa dos mais pobres com tudo quanto era subsídios, empréstimos, apoios sociais em geral levou à quase eliminação da sustentabilidade da classe média, aquela que normalmente advoga da promoção de actividades musicais aos seus educandos, nos Conservatórios e Academias.
Pois se assim era (e é), pois então a qualidade, dizia-me ele, tinha sido nivelada por baixo, em que ter aulas em escolas públicas era o pior terror, onde só iam quem queria ter as melhores notas de forma mais barata, pois nas Faculdades privadas, bem pagas, existia uma vergonhosa compra de créditos e facilidades de obtenção de grandes notas em certas cadeiras, o que fazia com que fossem rotulados de "mercadores d'herança comprada", pois se tudo lá era comprado. Os melhores Professores a saírem das escolas e a darem aulas particulares e em privadas (onde é que eu já vi isto???!!!), o Estado a defender que existem muito menos pobres, a classe média a repetir até à exaustão que tinham de sair do país para não ficarem num país onde todos pensavam como operários, na força e não na razão.
Ele era um deles, com família de "trabalhadores humildes", viu-se forçado a separar-se dos seus mais próximos familiares, ele que nunca tinha ouvido Música Erudita num verdadeiro concerto, só algumas amostras de tentativas de estereotipação por parte do Estado (sempre ele).

E só consigo pensar nas aulas de coro, sempre Még több zene!!!!

A Ruína - Século VIII

This masonry is wondrous; fates broke it
courtyard pavements were smashed; the work of giants is decaying.
Roofs are fallen, ruinous towers,
the frosty gate with frost on cement is ravaged,
chipped roofs are torn, fallen,
undermined by old age. The grasp of the earth possesses
the mighty builders, perished and fallen,
the hard grasp of earth, until a hundred generations
of people have departed. Often this wall,
lichen-grey and stained with red, experienced one reign after another,
remained standing under storms; the high wide gate has collapsed.
do Livro de Exeter, poema anglo-saxão, autor desconhecido

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Recordações da Hungria (II)

Um colega meu, holandês (meio maluco, meio Tom Cruise, fora o pleonasmo) estudava esta peça(com um excerto aqui) imensas vezes em Budapest, o ano passado.


Tem imensas peripécias, sempre relacionadas com o Tema inicial. Se fôssemos a usar a nomenclatura de Charles Rosen, e de forma sempre livre, tratam-se de variadas formas de criação de tensão e não uma mera aglomeração harmónica desobstinada.


Esta interpretação, juntamente com a de Sviatoslav Richter, são únicas na absorção do lirismo inerente, na forma de nos libertarmos através da música, dos nossos sentimentos mais introspectivos.



E relembra-me Budapest....

Na Floresta Romântica

Em cada poeta ou músico, sussurrava profeticamente a velha floresta das lendas, povoada por presenças estranhas. Era já familiar um novo canto, uma melodia banal cintilava de milagres possíveis.



Era disto que precisava, para me ressuscitar a mente, os dedos terrivelmente fatigados, os ouvidos cheios de dissonâncias, de notas repetidas...

Estudar implica paciência,

ouvir também,

E isto fez-me bem.

Alma acalmada.


"A alma do indivíduo deve pôr-se em uníssono com a alma do mundo. A natureza é uma cidade petrificada por magia (...) uma flor é um ser inteiramente poético."

- Novalis -

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pequeno retábulo da minha pessoa (Crónica III)

Didascálias:


(Assertivo) - Sim
Porquê?
- Porque sim
E porque não?
(Pensativo) - Talvez,
(Impertinente) Todavia...
(Derrotado) - Pois,
(Hesitante) Mas
(Ressuscitado) - Qual?
(O) Como
- E onde?
(Com desdém) Dito cujo.
(Hipócrita) - Claro!
Quando?
- Porém
O quê?
(Altivo) - Filho
Sim?
- Adeus
(Prepotente) Duvido
(Incrédulo) - Mas...
Eu também
- Quem?
Nada
- (A) Tal?
Mal
- Muito?
Defunto
- Foi?
Ficou
- Certo.
(EXPLOSIVO) ¿!ERRADO!?
- Pôde...
(Implorante) Então?
- Sim.
Porquê?
(...)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Reminiscências Literárias

De Apolo Ode XXVIII

De Apolo o carro rodou pra fora
Da vista. A poeira que levantara
Ficou enchendo de leve névoa
o horizonte;

A flauta calma de Pã, descendo
Seu tom agudo no ar pausado,
Deu mais tristezas ao moribundo
Dia suave.

Cálida e loura, núbil e triste,
Tu, mondadeira dos prados quentes,
Ficas ouvindo, com os teus passos
Mais arrastados,

A flauta antiga do deus durando
Com o ar que cresce pra vento leve,
E sei que pensas na deusa clara
Nada dos mares,

E que vão ondas lá muito adentro
Do que o teu seio sente cansado
Enquanto a flauta sorrindo chora
Palidamente.

Para ser grande, sê inteiro: nada Ode LXXXIV


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive



Ricardo Reis

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Do Poemario de Antonio Moreno Ruiz

CAVALEIRO MONGE
Olhando ao mar,
Desde o profundo monte,
Tem forte o peito,
O cavaleiro monge.

Sacro estandarte porta,
Com uma cruz vermelha,
Emblema limpo que vai,
Numa branca bandeira.

Cristo é a sua ordem,
Cristo é o seu general,
Cristo ilumina sua monarquia,
Bendita coroa de Portugal.


Cavaleiro das quinas,
Sangue de Viriato,
Guarda das estrelas,
Do céu lusitano.

Do Medievo filho,
Valente e nobre cavaleiro,
Clarão de forte garganta,
Luz de católico império.

Cavaleiro da liberdade,
Cavaleiro do Evangelho,

Oh, cavaleiro monge,
Espada firme do mosteiro.

Cavaleiro monge,
Eco da bela história,
Quanta vida nos caminhos,
Cruzado da glória.

Cavaleiro português,
Cavaleiro monge,
É possível que ainda,
Nao fiques tão longe....

Publicado por Antonio Moreno Ruiz

Concerto de Ano Novo

Ora cá estou de volta, com as minhas dissertações e afinidades com o universo da Música Erudita
Neste ano de 2011 ainda não reflectido sobre música para o Leitor, somente acerca de algumas das minhas preferências televisivas.
Pois recomeço a senda dos artigos com algo que muito feliz me faz sempre que o vejo.
Porque é um sinal de que a minha vida continua num novo ano civil;
Porque são largos momentos de belas melodias dançantes, depois da grande Festa da noite anterior;
Porque me enche de alegria ver e ouvir Música bem feita, num lugar mítico e deslumbrante, como se o tempo não passasse por aquele lugar da Europa.

Estou a falar-vos, pois é claro, do Concerto de Ano Novo, que há muitos anos se realiza na majestosa sala que é "Musikverein", Large Hall, em Vienna, Austria, no dia 1 de Janeiro, pelas 14:15h (hora portuguesa). Com a excelente e prestigiada Orquestra Filarmónica de Viena.

E claro, sendo uma trasnmissão europeia, começa sempre com isto (até ao segundo 17, não foi possível arranjar em separado).

As valsas, lindas, rápidas, curtas, longas, deleitosas, ondulantes, enchem os meus sentidos.

O momento em que temos o privilégio de poder ver um pouco de Ballet Clássico, sempre acompanhado de um Valsa Vienense, é o meu momento favorito. Os passos de dança são sempre em requintados, belíssimos e cheios de charme castelos ou palácios, casas de verão ou de Inverno de Senhores da alta Nobreza, com pinturas, decorações nas paredes que nos transportam para outro tempo, outra delicadeza de trato, outra atmosfera que nos envolve e nos "ensina" a tradição do belo prazer que é a Grande Música Ocidental.
Fico sempre com vontade de poder, através do possível enquadramento de peças orquestrais para piano, deslizar com os meus dedos através desse fenómeno de inspiração.
Claro que escolho, entre outras, Valsas de Chopin, a Valsa do Danúbio de Johann Strauss, Jr. (1825-1899), muito popular, etc etc.
Algumas vezes aparecem frondosas viagens pelo Rio Danúbio, passando pela muita querida Budapest, seu Parlamento e sua ilha.

Este ano, a título de curiosidade, foram tocadas duas peças em homenagem a Franz Liszt, no seu 200º aniversário de nascimento. (como há muito prometido, irei escrever mais adiante sobre ele).

Infelizmente, este ano a orquestra escolheu um maestro muito enfadonho, sem chama, sem postura em palco, sem aquele savoir-faire de quem já fez o trabalho todo e agora demonstra desfrutar do momento, Muito apático.

Até agora o meu preferido, daqueles que me lembro de ter visto, é o 1989. Carlos Kleiber fez uma escolha assombrosa, na mouche.

Aguardem pelo próximo artigo, nele referirei essas lindas "brincadeiras musicais".

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A Democracia é Cristã?

A DEMOCRACIA NÃO É CRISTÃ

de Joaquim Maria Cymbron

Com efeito, o cristianismo é mansidão e humildade; a democracia, acusando fortes ressaibos do naturalismo, explode de rebeldia e orgulho. O cristianismo, porque é divino, ensina ao homem a verdadeira liberdade; a democracia, possessa de uma soberba autossuficiência, acorrenta o homem à grilheta dos seus instintos bestiais. O cristianismo, expressão pura da verdade, aponta a única igualdade possível: a igualdade ontológica de princípio e de fim, igualdade comum a todo o homem pela simples condição da sua natureza humana; a democracia, falaciosa de raiz, apregoa uma igualdade em que se cavam diferenças cada vez maiores. O cristianismo, porque é a doutrina excelsa d'Aquele que nos resgatou e pediu ao Pai para nos adoptar como filhos, faz-nos a todos irmãos e convida-nos a que, na caridade, nos tratemos como tais; a democracia, por ignorar estas coisas sublimes, não tem ajudado senão à luta de classes, enquanto não termina na ominosa quietude dos totalitarismos.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

In Mises Institute - A Boa Liberdade Suíça

Freedom Swiss style: Pay a per head tax on your pet or the state will kill it.

So much for private property—one’s pet—being one’s own. If pet owners don’t pay the state money, most of which goes into someone else’s pocket, it will come after them. A local Swiss politician described it for what it is:

“It’s meant to put pressure on people who don’t cooperate.”

That’s what’s called “liberty” by socialists.

1521 na História

O ano de 1521 tem vindo a ser apontado por alguma historiografia portuguesa como a data simbólica do fim do Modelo de Estado Medieval e o início da Idade Moderna em Portugal.

A data não podia ser mais apropriada quando contextualizada internacionalmente. Ligado ao evento da morte do Rei Venturoso, está outro que marca profundamente a mudança da dinâmica social europeia e a teoria política do Estado - em 1521, Martinho Lutero persiste nos seus dogmas heréticos, na Dieta de Würmz, retirando-se para Worzburg auxiliado e protegido pelos príncipes do norte da Alemanha.
Nesse mesmo ano começa a conversão ao protestantismo da Europa do Norte, com a subida ao trono de Gustav Vasa na Suécia.
Do ponto de vista da nossa política externa, também a balança muda para Portugal: Magalhães chega às Filipinas, onde falece numa escaramuça com os nativos - no entanto, a sua expedição de circum-navegação ao serviço do reino de Espanha continuará.
Na América Latina, Cortez esmaga os Aztecas com o auxílio das tribos que o apoiaram.

As razões para tal data são muito simples: o estado de graça até então vivido pelo reino de Portugal, pioneiro da exportação da parte de europeus das suas instituições jurídicas, sociais e políticas para outros pontos do mundo inexplorado até então, aproxima-se do fim. O estado português de Dom Manuel I ainda é muito semelhante ao estado medieval dos seus antepassados, e a administração colonial portuguesa mostra muitos desses sinais. É com a morte de Dom Manuel I, em 1521, que esse período áureo de inocência terminará, e o reinado seguinte terá de enfrentar, numa escala totalmente diferente, o crescimento da concorrência comercial e militar de outras potências europeias e asiáticas, o crescimento da burocracia de um império cada vez mais penoso de manter, toda uma nova complexidade a nível do contexto mundial que acabará por mudar o nosso país.
In Distributivist Review
When it comes to economics, things get even goofier. For example, Murray N. Rothbard of the Austrian School of Economics, spends the first part of his book A History of Money and Banking in the United States arguing the hard money position that fiat currency is dangerous, and that when states create funny money things go wrong. He spends the second part of his book arguing that once individual banks start dealing with the creation of money via fractional reserve lending, the government should keep its hands off. In other words, funny money is bad, but government regulation of such is worse. This is the same as saying drug abuse is horrible and thus it’s terrible for the state to push dope, but it’s OK for individuals to. In this superstitious mood of libertarianism, the government is always more evil than anything that it seeks to correct.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Rome, Rum and Rebellion



Terrified of the open road
Yeah, where it leads ya never know
But rest assured he`ll be on you back
Yeah, the Holy Ghost through his tounges in black
As th band dog howls and the young girl cries
The blessed virgin in her proud dad`s eye
The albatross hangin' round your neck
Is the cross you bare for your sins he bleeds
Rebels are we, though heavy our hearts shall always be
Ah, no ball or chain no prison shall keep
We`re the rebels of the sacred heart

sábado, 8 de janeiro de 2011

Human Shields

um exemplo de bondade
Egypt’s majority Muslim population stuck to its word Thursday night. What had been a promise of solidarity to the weary Coptic community, was honoured, when thousands of Muslims showed up at Coptic Christmas eve mass services in churches around the country and at candle light vigils held outside.
From the well-known to the unknown, Muslims had offered their bodies as “human shields” for last night’s mass, making a pledge to collectively fight the threat of Islamic militants and towards an Egypt free from sectarian strife.

Long Life Working and You're Dead

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

...E ao presente também

Adorei ver a série da BBC - Sherlock, na RTP2, pena já ter sido o 2º episódio ( mais info aqui e aqui ).
Surpreenderam-me o ritmo da história, a movimentação das personagens, o sarcasmo de Holmes e o estado naïve e mulherengo de Watson.
Bem diferente, por exemplo, da bonomia, gentileza e pacatez do belga (e não franciú, como detestava ser chamado) Hercule Poirot (I just love this music) (a voz do actor é incrivelmente diferente da do personagem - brilhante).

À memória eu me confesso (II)...

Pois não é que, suddenly e num puro acto do mais elementar estado de sedentarismo (isto, depois de passar horas a descobrir harmonias, melodias e manias ao piano, às vezes acontece), me deparo com Michael Knight e o KITT - o Justiceiro, na RTP Memória.
As memórias revolveram-me a mente, levaram-me, transportaram-me para um tempo sem tempo, sem obrigações, numa pátria e numa parte dela com a cultura que mais impressionou uma criança aí criada- a francesa.
Ouvir o Kitt a falar em francês era delicioso (ainda será); quando a música - hipnotizante, repetitiva, corpórea começava, eu corria tanto que assustava a minha mãe e largava os livros e os pensamentos por momentos e passava um bom bocado.
O incrível é haver imensas coisas que depois passaram a usar este tipo de música, ela própria a variar de tom, e desenhos animados a usar algumas cenas (tal como fizeram com os Sopranos, The GodFather e outros).

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Da Adoração do Dinheiro

THE EVERLASTING MAN by G.K. CHESTERTON

Why do men entertain this queer idea that what is sordid must always overthrow what is magnanimous; that there is some dim connection between brains and brutality, or that it does not matter if a man is dull so long as he is also mean? Why do they vaguely think of all chivalry as sentiment and all sentiment as weakness? They do it because they are, like all men, primarily inspired by religion. For them, as for all men the first fact is their notion of the nature of things; their idea about what world they are living in. And it is their faith that the only ultimate thing is fear and therefore that the very heart of the world is evil. They believe that death is stronger than life, and therefore dead things must be stronger than living things; whether those dead things are gold and iron and machinery or rocks and rivers and forces of nature. It may sound fanciful to say that men we meet at tea table es or talk to at garden-parties are secretly worshippers of Baal or Moloch. But this sort of commercial mind has its own cosmic vision and it is the vision of Carthage. It has in it the brutal blunder that was the ruin of Carthage. The Punic power fell, because there is in this materialism a mad indifference to real thought. By disbelieving in the soul, it comes to disbelieving in the mind. Being too practical to be moral it denies what every practical soldier calls the moral of an army. It fancies that money will fight when men will no longer fight. So it was with the Punic merchant princes. Their religion was a religion of despair, even when their practical fortunes were hopeful. How could they understand that the Romans could hope even when their fortunes were hope less? Their religion was a religion of force and fear; how could they understand that men can still despise fear even when they submit to force? Their philosophy of the world had weariness in its very heart; above all they were weary of warfare; how should they understand those who still wage war even when they are weary of it? In a word, how should they understand the mind of Man, who had so long bowed down before mindless things, money and brute force and gods who had the hearts of beasts? They awoke suddenly to the news that the embers they had disdained too much even to tread out were again breaking everywhere into flames; that Hasdrubal was defeated that Hannibal was outnumbered, that Scipio had carried the war into Spain; that he had carried it into Africa. Before the very gates of the golden city Hannibal fought his last fight for it and lost; and Carthage fell as nothing has fallen since Satan. The name of the New City remains only as a name. There is no stone of it left upon the sand.

A minha Lista de blogues

Seguidores

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves