Ora cá estou de volta, com as minhas dissertações e afinidades com o universo da Música Erudita
Neste ano de 2011 ainda não reflectido sobre música para o Leitor, somente acerca de algumas das minhas preferências televisivas.
Pois recomeço a senda dos artigos com algo que muito feliz me faz sempre que o vejo.
Porque é um sinal de que a minha vida continua num novo ano civil;
Porque são largos momentos de belas melodias dançantes, depois da grande Festa da noite anterior;
Porque me enche de alegria ver e ouvir Música bem feita, num lugar mítico e deslumbrante, como se o tempo não passasse por aquele lugar da Europa.
Estou a falar-vos, pois é claro, do Concerto de Ano Novo, que há muitos anos se realiza na majestosa sala que é "Musikverein", Large Hall, em Vienna, Austria, no dia 1 de Janeiro, pelas 14:15h (hora portuguesa). Com a excelente e prestigiada Orquestra Filarmónica de Viena.
E claro, sendo uma trasnmissão europeia, começa sempre com isto (até ao segundo 17, não foi possível arranjar em separado).
As valsas, lindas, rápidas, curtas, longas, deleitosas, ondulantes, enchem os meus sentidos.
O momento em que temos o privilégio de poder ver um pouco de Ballet Clássico, sempre acompanhado de um Valsa Vienense, é o meu momento favorito. Os passos de dança são sempre em requintados, belíssimos e cheios de charme castelos ou palácios, casas de verão ou de Inverno de Senhores da alta Nobreza, com pinturas, decorações nas paredes que nos transportam para outro tempo, outra delicadeza de trato, outra atmosfera que nos envolve e nos "ensina" a tradição do belo prazer que é a Grande Música Ocidental.
Fico sempre com vontade de poder, através do possível enquadramento de peças orquestrais para piano, deslizar com os meus dedos através desse fenómeno de inspiração.
Claro que escolho, entre outras, Valsas de Chopin, a Valsa do Danúbio de Johann Strauss, Jr. (1825-1899), muito popular, etc etc.
Algumas vezes aparecem frondosas viagens pelo Rio Danúbio, passando pela muita querida Budapest, seu Parlamento e sua ilha.
Este ano, a título de curiosidade, foram tocadas duas peças em homenagem a Franz Liszt, no seu 200º aniversário de nascimento. (como há muito prometido, irei escrever mais adiante sobre ele).
Infelizmente, este ano a orquestra escolheu um maestro muito enfadonho, sem chama, sem postura em palco, sem aquele savoir-faire de quem já fez o trabalho todo e agora demonstra desfrutar do momento, Muito apático.
Até agora o meu preferido, daqueles que me lembro de ter visto, é o 1989. Carlos Kleiber fez uma escolha assombrosa, na mouche.
Aguardem pelo próximo artigo, nele referirei essas lindas "brincadeiras musicais".
Lápis L-Azuli
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