terça-feira, 30 de junho de 2015

Anarchisme conservateur - Charles Robin

Charles Robin, autor e conferencista ligado ao grupo Egalité et Reconciliation, vai estar em Lille, para analisar as incongruências da critica libertária e do seu pretenso anarquismo, contrastando-o com um anti-capitalismo conservador inspirado em Platão.
Não vou poder estar presente, mas espero sinceramente que partes da conferência fiquem disponíveis na internet.
Podem ver mais sobre o autor aqui.


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Memórias dos outros

Cá no Porto, entre os camaradas mais novos, um dos petiscos das jantaradas é ouvir este tipo de histórias, como as que conta Amado Estriga. Mesmo com as passagens rabiscadas ou indecifráveis para os que cometeram a falha de nascer muito tarde, já muito depois do fim.
Há um misto de gosto e de inveja nisto tudo. Somos poucos, muito poucos, os jovens que pretendem levar avante os antigos estandartes. Mas a nossa sede de almogavérias não é menor.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Sobre o sentido de Tradição

Manuel Fernández Espinosa, no Raigambre, a tratar de um assunto muito badalado mas pouco estudado.
A seguir e a comentar.

Parte I
Parte II
Parte III

segunda-feira, 15 de junho de 2015

monarquia ou república...

Que seja monárquica ou republicana a forma de governo, que se chame aristocrática ou democrática, isso importa, com efeito, pouco à classe dominante, porque isso não traduz para ela absolutamente ideia alguma. Ao lado de qualquer forma aparente e exterior de governo ela pode constituir-se como íntimo e verdadeiro governo; não chegou a sê-lo ainda na Idade Média? Não o foi depois com as monarquias? Não o é hoje? Para nós também é relativamente indiferente a forma aparente e exterior que o governo adquire, sempre que ela corresponda à época evolutiva em que existe; mas é-nos essencialmente importante que essa forma seja em si a forma íntima, a verdadeira expressão da sociedade, e não o manto exterior que cobre a oligarquia. A nossa antipatia é portante íntima, orgânica, irremediável.
Que seja monárquica ou republicana a forma de governo, isso importa com efeito pouco à bancoburocracia que nos governa; mas que o povo saia um dia do estado comatoso, que um grupo forte pela Ideia e suficientemente forte pelo número se imponha ao mundo actual e lhe retire das mãos as armas do seu predomínio, isso importará tudo à burguesia político-bancária portuguesa.
 Oliveira Martins, Portugal e o Socialismo. Lisboa: Guimarães Editores, 1953, p.33

domingo, 7 de junho de 2015

Calções Brancos não fazem um Cavalheiro

 Não respeita o chá das cinco, e não conhece pessoalmente a Rainha de Inglaterra. Considera-se, contudo e na maioria dos casos, um “conservador à inglesa”. Não raras vezes, é o produto acabado de uma mistura estranha entre Disraeli e de Gaulle, cozinhada pelo Prof. Espada. É um constitucionalista avançado: a questão do regime, das dinastias, são para ele meros detalhes medievais herdados de um passado não poucas vezes desconfortável. Herda o pior de dois mundos numa civilização decadente e desinteressada: senhoras e senhores, apresento-vos o “conservador-liberal”. 
O exemplo britânico é, para este ideólogo de blogue e Jota, perfeito, tal como o torneio de Wimbledon. De facto, tal como no evento mundialmente famoso, nas instituições inglesas reina uma respeitabilidade virginal. Da mesma maneira que os tenistas se vestem de branco, continuando uma tradição muito antiga de cavalheirismo, também os parlamentares ingleses se reunem em amena cavaqueira, os juízes usam perucas, os lordes são lordes e dizem coisas, a rainha usa uma coroa e os escândalos e divórcios da Família Real são tratados pela Direita inglesa com aquele embaraço delicodoce típicos da mais hipócrita ética burguesa. Até uma coisa popularucha como a Democracia parece histórica e “orgânica”. 
Ora, não é preciso ser-se um grande historiador para entender que em Inglaterra nunca houve uma evolução contínua das instituições democráticas. O moderado conservador inglês não aprendeu a negociar a própria alma com o diabo bebericando chá de hortelã. A história inglesa é um rol de massacres e razias contínuas desde a Guerra das Rosas, e especialmente a partir da Revolução Gloriosa é a história sangrenta de uma oligarquia poderosa que esfacela, mói e trucida o zé-povinho, quer através do fim das corporações profissionais (processo iniciado no séc XVII e que é directamente responsável pelas minas de carvão de Manchester, povoadas por crianças-proletárias), que pelas enclosures forçadas do séc XVIII (que quase destruiram a pequena propriedade inglesa, o último resquício da Merry England medieval), quer pelo esmagamento dos movimentos operários, etc. 
As instituições inglesas, desde a sua Rainha até ao cerimonial do render da Guarda, o espelho do espírito de Wimbledon. É uma tradição morta, sem conteúdo, presente apenas em forma, como um cadáver perfumado. As estrelas do ténis vestem-se de branco durante o torneio, mas fora do campo não actuam, de todo, como “gentlemen”. A Rainha reina, mas não governa. Os conservadores conservam, mas já não existe nada para conservar numa Igreja Anglicana virada do avesso, numa população desligada da sua identidade histórica e étnica, em cidades onde se sofrem os efeitos de uma imigração descontrolada que ainda recentemente deu azo a autênticos motins no meio de Londres. Onde está o benéfico e cristão governo de Sua Majestade Britânica, Sempre Fiel, num país governado, não pelo Parliament, mas pela City londrina, covil da finança mundial? 
O conservador liberal distingue-se do seu amigo monárquico liberal pelo facto de ser menos engraçado, menos pitoresco (não tem aquela impetuosidade viril da raça Marialva) e por juntar uma pontinha de maçudo à tal moderação tipicamente inglesa, ou seja, aterrorizada pela perspectiva de acção musculada e pelo risco de assumir o Absoluto. Os valores têm de ser negociáveis, pelos menos até quinta-feira, dia de ir jantar à tia Matilde. Há uns tempos atrás, um padre do Opus Dei escreveu uma crónica muito inteligente e sagaz onde descrevia o círculo social de onde muitas destas criaturas são originárias, mas viu-se obrigado, pela sua consciência, a desculpar-se. Aparentemente, muita gente do seu círculo social mais íntimo sentiu-se afectada pela crítica. Adivinhe-se lá porquê... 
O conservador-liberal assemelha-se ao homem que faz a espargata numa falha tectónica. Por um lado, aceita os tais valores morais, que trouxe do colégio, da tia Matilde, da mamã e do papá, que visam manter a fibra social de qualquer coisa em nome de uma coisa qualquer: a Pátria, e nunca a Nação, que é coisa de fascistas; a civilização judaico-cristã, e nunca o Cristianismo, primeiro porque os tempos são outros e porque ninguém de bem suporta práticas “fundamentalistas”. 
A frustração deste grupo político é rampante em todas as suas vertentes. Quando católico, é democrata-cristão, ou seja, assiste ao lento e progressivo desmantelar da Igreja por ela própria e ao encerramento dos locais de culto, bem como à formação de jovens gerações de compatriotas afastadíssimos desses valores. Quando conservador, limita-se a um diálogo defensivo do status quo, dormindo adúlteramente com as mesmas “forças vivas” que exploram o seu próprio povo e fazem vista grossa desses valores inegociáveis que, ano após ano, vão sendo cada vez mais regateados nos parlamentos e nas faculdades. 
Ser conservador e liberal na mesma dentada é impossível. Simplesmente porque ser conservador significa não mexer, enquanto que ser liberal significa mexer em todas as direcções. O ridículo da situação só adensa quando se procura distinguir o conservador social e o liberal económico. Apenas no mundo irracional das faculdades de economia e das comissões parlamentares é que o “mundo económico” está separado do “mundo social”. De um lado admite-se um mundo onde reina o voluntarismo, do outro as convenções sociais. Por um lado, o individualismo. Do outro, o Bem Comum. 
Ao contrário do que pensa, o conservador-liberal não é a Direita que Portugal precisa. É a Direita que a Esquerda deixa existir. O seu discurso é elitista, mas confuso e indecifrável, os seus objectivos são desconhecidos. A história do “conservadorismo-liberal” é, desde os aristocratas católicos liberais do século XIX, passando pela democracia cristã depois dos anos 50, uma história de retiradas, de valores negociados na boca das urnas, de cisões, traições e derrotas e de um lamentável fim na mediocridade, recorrendo frequentemente à tecnocracia como narrativa eleitoral. 
Da mesma maneira que um calçãozinho branco não faz um cavalheiro, uma meia-ideia não faz um Rumo. Uma Ideia, sim. E a Ideia para a Direita em Portugal é, sem sombra de dúvidas, a ideia de uma Direita Portuguesa.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

A propósito de touradas

No NPC fala-se nos comentários sobre a ausência de touradas no Japão, mas desconhece-se, certamente, a existência de touros ninja!

O vício apologético

Não nos cabe fazer o discurso apologético daquilo que se passou durante o miguelismo ou o Estado Novo ou qualquer outra época da nossa história recente em que possamos identificar uma classe política e governante interessada em guiar Portugal por um caminho genuíno, próprio e original e de acordo com o seu "código genético", a sua tradição, a sua génese.
O discurso apologético deve ser deixado às instituições religiosas ou de carácter místico-mitológico, como a Igreja Católica ou a Associação 25 de Abril.

Temos sim a obrigação de reconhecer os abusos que se fizeram, as vinganças camufladas em nome do Bem Comum, o desleixo do Estado para com os sectores carenciados da Sociedade - que marcaram o fim e as causas da decadência destes regimes.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Colinas Eternas

Este último texto no Nova Casa Portuguesa lembrou-me de um texto escrito e publicado no defunto jornal A Batalha, não o velho Batalha anarquista mas um recente projecto criado por um grupo de bons e jovens rapazes da Direita, que não o conseguiram manter. Ficou o mérito do esforço, contudo.
Não concordo com todos os pontos do texto do NCP. Diferenciar a tradição tauromáquica dos forcados da tradição cavaleira, tipicamente portuguesa, ou da espanhola, é um exercício de exclusão de partes que deixa pela metade a análise do espírito que criou essa mesma tradição. É como estudar a peonagem sem a cavalaria, a força sem a destreza, a camaradagem sem a ascese. Bandarilhar um touro não é mais fácil do que pegar um touro, adestrar um cavalo para o efeito é uma das grandes glórias da escola de cavalaria à portuguesa.
Ver o forcado como o único elemento da tradição tauromáquica verdadeiramente portuguesa é limitar essa visão ao mundo popular da tradição portuguesa. O touro não se pega sem ser bandarilhado primeiro - de outra forma, não será possível a pega, que exige que o focinho do touro se dirija para baixo. Tal só é possível pela fustigação causada pela pontada da bandarilha.
Essa visão limitada da tourada dá ao forcado um papel que ele não quer. O forcado é um elemento tão indispensável como os outros - e sabe disso. As opiniões da sensibilidade moderna, muito preocupada com imagens ensanguetadas, não o afectam.
A tourada não é uma luta de galos ou de cães, meras crueldades feitas para propósitos de mera violência. Vale a pena compreender isto antes de seleccionar que tipo de estereótipo nos interessa divulgar enquanto representante da camaradagem e da maneira portuguesa de estar no mundo.
O mundo do forcado precisa do mundo do cavaleiro e vice-versa. Exaltar o significado de um para perder o de outro é deixar de compreender ambos.
Aconselha-se assim, ao amigo do NCP, cuidado com os seus exercícios de criação de identidade. Não se vá perder o sentido da tradição, como quem exagera na poda da árvore.

Deixo aqui o tal texto, uma vez que o site do jornal onde estava publicado já não existe.

Sombras Sagradas Sobre Colinas Eternas

Dizia Salústio, no seu “De diis et mundo”, referindo-se à Tradição: “Isto não foi dantes, mas é sempre!”. A história da tourada em Portugal define-se assim mesmo, não tem um ponto inicial, mas também não terá um ponto final. Como todas as coisas oferecidas pela Tradição, também a tourada não se resume ao espectáculo físico que lhe dão os seus contornos visíveis. Nela, a prova como combate físico é apenas a transposição materialista a que se liga um significado superior, no qual os destinos do Homem e do Touro são unidos pelos deuses em laços de sangue. Na mitologia hindu, a árvore açvattha (a árvore da Tradição, com as suas raízes para cima, para o Alto Divino) é aliada do deus guerreiro Indra, o matador de Vrta, e Indra é assim invocado nos textos sagrados: “Tu que vais, vencendo como um touro irresistível, contigo, ó açvattha, podemos triunfar sobre os adversários.” Esta citação é retirada do Atharda-Verda, datado de 1800 anos antes de Jesus Cristo. O próprio Júlio César afirma, na sua “Conquista da Gália”, ter caçado o auroque, o famoso touro alemão. Porque razão este só se manteve nesta península, é algo que desconhecemos. Dantes o touro selvagem prolongava o seu reino do Norte da África até aos cumes da Lituânia.
Esta ligação dos povos ibéricos ao touro é bem demonstrada pelo escritor espanhol Frederico Garcia Llorca, nas suas Alocuciones argentinas:
“Este mugido de dor sai das frenéticas praças de touros e expressa uma comunhão milenária, uma oferenda obscura à Vénus Tartéssica do Rocío, viva antes que Roma ou Jerusalém tivessem muralhas, um sacrifício à doce deusa Mãe de todas as vacas, rainha das ganadarias andaluzas, esquecida pela civilização na solitárias marismas de Huelva.
Na metade do Verão Ibérico abrem-se as Praças, que é como quem diz, os Altares. O homem sacrifica o bravo touro, filho da docíssima vaca, deusa do amanhecer que vive no rocío. A imensa vaca celestial, mãe continuamente sangrada, pede também o holocausto do homem e continuamente o tem. A cada ano caem os melhores toureiros, destroçados, dilacerados pelos afiados cornos de alguns touros que mudam num terrível momento o seu papel de vítimas para o papel de sacrificadores. Assim como se o touro, por um instinto revelado ou por secreta lei desconhecida, elegesse o toureiro mais heróico para levar consigo, tal como quando nas tauromaquias de Creta levava consigo a virgem mais pura e delicada.”
A importância da tourada para os dias de hoje, no contexto da procura de uma identidade portuguesa verdadeiramente tradicional e não meramente fetichista, é matéria de elevada prioridade. Resumir a tourada ao casaco do cavaleiro, às suíças do forcado, ao fadinho faduncho e ao vinho tinto é um exercício meramente defensivo, condenado à derrota. Aqueles que amam a tradição portuguesa têm de compreender duas coisas: primeiro, o actual status quo político e institucional não foi feito para eles, não durará para sempre a nossa hipótese de usarmos as garantias dadas por este regime para defendermos a nossa identidade. O recuo dos nossos valores, imposto pela última vaga de legislação social, é a prova disso. Segundo, as nossas tradições só se mantêm vivas se renovadas continuamente no dia-a-dia, não no seu espectáculo meramente físico, mas no espírito que as preenche. Dizia o filósofo colombiano, Nicolás Gómez Dávila, que “o reaccionário não é um sonhador nostálgico de passados perdidos, mas um caçador de sembras sagradas sobre colinas eternas”. Nessas “colinas eternas” reside o elemento diferenciador dessa velha Europa, múltipla e trágica, a Europa do homem concreto, moldado pelas raízes, pela cultura e pela natureza. Homem esse que, como Dominique Venner reparou, é o alvo principal do materialismo historicista do comunismo e do mercado globalizado do capitalismo.
O teatro cósmico encetado pelo homem e o touro, essa raça bela e viril, é um espectáculo dionísico, terrível, inconcebível na sua carga emocional, religiosa e violenta para os dias de hoje. Constitui, contudo, dos pouco momentos em que o cidadão comum tem contacto com uma experiência verdadeiramente mística.
Num Portugal onde se dá, a cada Domingo e na grande maioria das paróquias católicas, um autêntico massacre litúrgico, onde missas, baptismos e casamentos passam por festas “new age” decalcadas dos anos 60, onde o único sacrifício presenciado não é o Holocausto do Filho do Homem padecendo na Cruz, mas o dos pobres espectadores que têm de lidar com os vibratos “gospell” dos coros de Igreja, com as salvas de palmas aos noivos antes da consagração da hóstia e demais sofrimentos estéticos impostos por esta Igreja Kumbaya – Católica, a Religião torna-se cada vez mais em substância vazia, ainda por cima informal. Cumpre reestabelecer, revitalizar e rejuvenescer a Religião Portuguesa usando, também, da força e vitalidade da Civilização Taurina a que pertencemos.
Só temos a perder com a uniformização dos costumes, da higienização civilizacional dos “terribles simplificateus” – e não falta quem, em nome de uma tradição que “não foi dantes, mas é sempre”, esteja bem preparado para lhes oferecer resistência, em nome da dignidade histórica de um povo.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Memórias do Legitimismo

Manifesto do Partido Legitimista (28 de Maio de 1907)
Publicado no Jornal "A Nação"

O que os Legitimistas defendem :

Monarquia cristã, tradicional hereditária, acompanhando os interesses e as necessidades justas da sociedade moderna, com o Rei como representante da autoridade suprema, responsável e livre: «Rex Noster Liber Est.»
Junto dele, como representante da Nação, livres também - «Nos Liberi Sumus» -, as Cortes Gerais, poder legislativo: o Ministério, poder executivo; e os Tribunais, poder Judicial.

Ao Rei queremo-lo chefe desses três poderes e exercendo a supremacia: no legislativo, pela sanção de leis, pela promulgação delas em circunstâncias excepcionais, inspirada no princípio da salvação pública, e pela faculdade de dissolver as Cortes ou convocá-las extraordinariamente; no executivo, pela livre nomeação dos ministros; no judicial, pela moderação ou comutação das penas impostas.

O Rei, e só ele na sua Família, receberia uma dotação proporcional aos rendimentos do Estado, e em harmonia com as circunstâncias do Tesouro Público. Junto do Rei, e por sua nomeação, funcionaria um Conselho de Estado político, de número limitado de membros, vitalícios, ao qual cumprisse aconselhá-lo em tudo que respeitasse ao exercício do Poder Real. Perante este conselho, e sob a presidência do Rei, responderiam individual e colectivamente os ministros.

Ao Rei competiria ainda ouvir as representações directas dos súbditos em audiências públicas.

O poder legislativo queremo-lo exercido pelo Rei, pelas Cortes Gerais, compostas por Procuradores do povo e por um conselho legislativo.
As Cortes Gerais devem reunir-se anualmente, constituindo a representação de todas as forças vivas da Nação. Compostas de procuradores de classes, o número destes deverá ser proporcional à importância e influência de cada uma delas na vida nacional. Por iniciativa de qualquer dos ministros deverão consignar em mensagem as necessidades, quer gerais, quer particulares, de cada classe, formulando, em conclusão e sinteticamente, as correcções necessárias às leis existentes ou o sentido de novas leis que fosse útil promulgar.

O conselho legislativo pensamo-lo formado por um resumido número membros, com especial competência para a redacção de leis, e sendo metade - incluídos os ministros em exercício - de nomeação régia, e outra metade de eleição das Cortes Gerais. Incumbe-lhes traduzir em artigos de lei os agravamentos votados pelas Cortes.

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves