sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Trabalho

Cada vez se tem mais receio de se dizer onde se trabalha, em que escola aprendemos, que programas de televisão vemos, quais são os nossos amigos, os nosso compositores preferidos. O medo de demonstrar que precisamos de dinheiro para os nossos gastos presentes e futuros, a expectativa de que o olhar do outro não seja de nos "revirar de alto a baixo" quando dissermos que temos professor X ou Y no nosso instrumento repele-nos, não nos deixa viver melhor, de forma mais directa e franca.
Ainda por cima, na prática musical, muitas vezes é o nome que conta, nada mais. Porque, sendo uma mania de artistas, "nós temos de pugnar por uma sociedade justa e fraterna, onde todos temos direitos iguais (e os deveres?) e defendemos os valores de esquerda", por isso, "actuamos como se já fôssemos pobres, aterrorizados na preparação dos jantares de amigos por causa do preço do prato tal (quando na verdade até pagam mais e são mal servidos, pois só querem é beber à pala). Mas quando referimos os nossos professores "Ai , que fulano ou cicrano é melhor, mas foi porque teve sorte, ou dinheiro dos pais, ou porque teve cunhas financeiras e favores pessoais". Ou seja, todos iguais na pobreza, porque se alguém consegue algo à custa de dinheiro - e talento, ok? - está fora do anarquismo dos sugadores de dinheiros públicos para andarem a fazer - ou tentar fazer - algo "prá frentex".

Vão mas é estudar!

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves