domingo, 11 de outubro de 2015

Tempos mais felizes

A "Contemporânea" foi publicada em Lisboa de 22 a 26 e assumiu desde o primeiro número o papel de uma revista modernista com tendências ideológicas de direita. Reuniu contributos daquela que era, na altura, a ala do pensamento e acção política mais activa em Portugal. Como tal, nos seus números podemos encontrar nomes como António Sardinha, Mário Saa, António Ferro, Fernando Pessoa, Judith Teixeira, António Boto, Alfredo Pimenta, Amadeo de Souza-Cardozo, etc.
Desta autêntica equipa de galácticos, apenas Judith Teixeira e António Boto foram resgatados pelas Faculdades de Letras. Valeu-lhes escrever sobre sodomia e homossexualidade. Ainda que o tenham feito virados para a sua ideia do divino e altamente perseguidos pelos republicanos revolucionários da altura.
Temáticas tipicamente votadas ao espírito conservador e nacionalista surgem tratadas pelos autores acima enumerados. A decadência da Raça e das elites, a influência do dinheiro e as consequências da usura, a soberania nacional, o folclore português como modelo da construção de uma identidade portuguesa.
Tudo isto e muito mais, acompanhado pelas ilustrações do imortal Almada Negreiros, cujas linhas representam o ideal do homem de direita. Linhas subtis mas fortes, próprias da entrega de um homem ao brio, ao sacrifício, a um ideal de vida superior que move vida e músculo ao serviço de valores eternos.







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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves