terça-feira, 5 de novembro de 2013

Pro aris et focis


(...) o patriotismo é um sublime egoísmo colectivo que supõe o sacrifício dos interesses individuais e, em certas ocasiões, da própria vida. E como o vai exigir aquele que tem que professar como dogma o sacrifício de tudo ao presente? Soldado, morre pela Pátria!... em vão se dirá. Soldado, morre pela Pátria! Se a Pátria é uma unidade religiosa e moral que junta em íntima irmandade as almas, e ata com divino laço a crença e a tradição comum das gerações, e cobre com amor de mãe sob as pregas do seu manto um povo que tece, como uma grinalda, a sua história para a coroar, então uma voz Augusta e Solene como o clamor de uma Raça sairá dos templos e dos lugares e dos sepúlcros dos antepassados gritando com o tom imperioso do dever e a doçura de um sentimento maternal: Vem morrer pela Pátria!... Deus assim O quer! pro aris et focis. E o soldado, encostando-se aos seus, murmurando uma oração e lançando um último olhar à Cruz do santuário, marchará resolvido e inflamado para o combate, e, ao ver brilhar perante os seus olhos e ondear ao vento o emblema da Pátria, poderá dizer com mais brio que os gladiadores de Roma: Os que vão morrer saúdam-te!
Juan Vázquez de Mella -Estudio sobre la patria- (Obras Completas t.3 "Ideario")

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves