sábado, 12 de março de 2011

Crítica de concerto (IX)

24/2/011
às 20h (Pois, está quieto, primeiro que os cameraman estivessem "listos" foi uma eternidade)
Auditori Conservatori de Liceu, Barcelona, Espanha.

Concerto em Homenagem a Franz Liszt.

Pianista: Luiz de Moura Castro. Não precisa de grandes apresentações. Basta ver o seu curriculum, ou melhor, perguntar a qualquer pianista que o irá dar as melhores referências dele, pianística (maioritária) e pedagogicamente.

Deu o seu comentário sobre cada peça que ia tocar, numa mistura muito divertida de castelhano com sotaque de português do brazil.

Muito bem humorado e andando muito devagar, demonstrou logo que não vinha fazer nenhum frete. " Não me sinto bem se não vos disser que me apetece mudar de programa. Quem me conhece já sabe que é sempre assim. Gosto de mudar, sempre que o meu espírito me puxa pra outro repertório".

Assim foi.

Começando com Bachianas Brasileiras, número 4, de Heitor Villa-Lobos.

Fiquei sem palavras.

Wienen, Klagen, Variações sobre um tema de Bach - Franz Liszt
Comecei a chorar de alegria.
No fim, ele se levantou, mais forte que nunca, retirou seus óculos e seus olhos lacrimejavam, como se de uma criança se se tratassem.
Tinha acontecido uma dádiva na forma da Grande Música.

E a inspiração celeste continuou.

3 Sonetos de Petrarca - Franz Liszt

Por fim seria São Francisco caminhando sobre as águas - Franz Liszt, mas foram, em vez, as Cenas de Infância, de Robert Schumann.
Tão apropriadas, minha mente se levantou e recordou meus ensinamentos de petiz, minhas amadas leituras de menino feliz, minha doçura inocente...

(...)

Depois do concerto houve um "drink", no qual, entre outras coisas, se festejaram os 70 anos deste Enorme Pianista.
E mais não digo...

P. S. Teve extra? (perguntará o leitor)
Não. Não havia necessidade.

A minha Lista de blogues

Seguidores

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves