quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Minha doce trigueira



Porque andas tu mal comigo
Ó minha doce trigueira
Quem me dera ser o trigo
Que andando pisas na eira

Quando entre as mais raparigas
Vais cantando entre as searas
Eu choro ao ouvir-te as cantigas
que cantas nas noites claras

Por isso nada me medra
Ando curvado e sombrio
Quem me dera ser a pedra
em que tu lavas no rio

E falam com tristes vozes
Do teu amor singular
Aquela casa onde coses
Com varanda para o mar

Por isso nada me medra
Ando curvado e sombrio
Quem me dera ser a pedra
Em que tu lavas no rio


Poesia de Gomes Leal

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves