terça-feira, 19 de junho de 2012

14/VI/012

Aí estava ela, com sua pose de artista
Nada mais nada menos que a cabeça poisada na mão direita de punho fechado, ensimesmada num braço esquerdo de base, suportando este uma mão inerte segurando (qual sinistra) o seu leitor de músicas preferidas, um tanto ou quanto belas demais para nomear mas que qualquer melómano adorará, quanto menos um melodramático como só o narrador deste quadro de sublime beleza o pode ser
Nunca se tinha visto tal alma sonolenta, tal tez de quem muito fez e que agora tem como lema a mudez

O autor destas palavras passou a ter um vício saramaguiano
Mas o que mais importa é que ele estava acompanhado
E o seu Amigo é de confiança, tamanha fiança se pode depositar na sua Razão Apostólica Romana que tudo isto vislumbrou e pode corroborar

Ao lado dela, uma janela para o terraço de uma letra
essa letra que de tão firme
tão íngreme me faz desfalecer
L
mas fiquem a saber
que a cor branca de sua face
reluzente pelo finar do pôr-do-sol
me lembrou outra letra
C

e, por instante, ao mundo apeteceu captar tal nudez de espírito
e ombrear com essa figura feminina, na tranquilidade de um ser que quer ter
uma vida de grandeza
menina aplicada
menina desprendada

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves