As fragas nos montes, ao pé da minha serra,
escondem, segundo as lendas dos povos do vale
as sepulturas silenciosas de reis antigos,
que percorreram a terra quando esta era ainda jovem.
Estes reis de granito e musgo
mais não são que os atlantes perdidos,
Filhos do Prometeu Dador do Fogo
raça amada pelos deuses, educadores dos Homens.
Navegaram eles os domínios de Poseídon
e combateram ao lado dos Olímpicos
a fantástica Guerra dos Titãs
onde a Mãe Gaia viu os seus filhos despedaçarem-se
Derrotada a Raça Grande,
extenuado o úbere espírito conquistador,
entregaram-se ao Oceano,
onde se encerra a sua Prepotência.
Destes túmulos de pedra, de uma sabedoria perdida
nos dias dos primeiros reis da Terra,
está conservada a energia antiga dos Dias Primevos.
em que os Deuses falavam com os Homens de igual para igual.
nisto acreditava Torga, O Adormecido
e viu Pessoa, O Mensageiro,
pressagiou-o Bandarra, O Que Não Existiu, filho do Existente Vieira
quando expirou o sonho de Um Império de Consciência.
Post Scriptum:
Feliz o doce sacrifício do povo alvo e ardente
poupado ao esforço deste poeta agoniante.
Antes desaparecer de vontade, a ser forçado residente
da mesquinha prole de extinta raça Gigante.
No sapatinho
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No Natal de 2024 só tive direito a isto. Paciência: para o ano será
melhor...
Há 4 horas