sábado, 5 de fevereiro de 2011

Poema Antigo - Império de Consciência

As fragas nos montes, ao pé da minha serra,
escondem, segundo as lendas dos povos do vale
as sepulturas silenciosas de reis antigos,
que percorreram a terra quando esta era ainda jovem.

Estes reis de granito e musgo
mais não são que os atlantes perdidos,
Filhos do Prometeu Dador do Fogo
raça amada pelos deuses, educadores dos Homens.

Navegaram eles os domínios de Poseídon
e combateram ao lado dos Olímpicos
a fantástica Guerra dos Titãs
onde a Mãe Gaia viu os seus filhos despedaçarem-se

Derrotada a Raça Grande,
extenuado o úbere espírito conquistador,
entregaram-se ao Oceano,
onde se encerra a sua Prepotência.

Destes túmulos de pedra, de uma sabedoria perdida
nos dias dos primeiros reis da Terra,
está conservada a energia antiga dos Dias Primevos.
em que os Deuses falavam com os Homens de igual para igual.

nisto acreditava Torga, O Adormecido
e viu Pessoa, O Mensageiro,
pressagiou-o Bandarra, O Que Não Existiu, filho do Existente Vieira
quando expirou o sonho de Um Império de Consciência.

Post Scriptum:
Feliz o doce sacrifício do povo alvo e ardente
poupado ao esforço deste poeta agoniante.
Antes desaparecer de vontade, a ser forçado residente
da mesquinha prole de extinta raça Gigante.

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves