quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O Rei no Exílio

Pastor mais luso e nosso
outro se não conhece;
tem puras qualidades que rebrilham
entre as dos guardadores
da honra e da mantença das lavouras.
Ele é bravo e é pobre;
a nossa Língua fala
que um século vivido entre as alheias
jamais fez esquecida;
aprendeu na dureza
e alta dignidade
do pão do seu exílio
a saber como os pobres são honrados
quase só pelo serem,
e como o ventre obeso dos tiranos
do mando ou do dinheiro
é cousa dura e feia.



Éclogas de AgoraAfonso Lopes Viera

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Cidade de Papel

This is our paper city, built
on the rock of debt, held fast
against all winds by the paperweight of debt.
The crowds file slowly past, or stop and stare,
and here and there, dull-eyed, the idle stand
in clusters in the mouths of gramophone shops
in a blare of music that fills the crumpled air
with paper flowers and artificial scents
and painless passion in a heaven
of fancied love.
                       The women come
from the bargain shops and basements
at dusk, as gazelles from drinking;
the men buy evening papers, scan them
for news of doomsday, light their pipes:
and the night sky, closing over, covers like a hand
the barbaric yawn of a young and wrinkled land.

A.R.D. Fairburn, Dominion

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Doutrina Político-Poética para a Salvação Nacional

A el-Rei D. João 

Rei de muitos reis, se um dia,
se uma hora só, mal me atrevo
ocupar-vos, mal faria,
e ao bem comum não teria
os respeitos que ter devo;

Que em outras partes da Esfera,
em outros céus diferentes,
que Deus té'gora escondera,
cada uma de tantas gentes
vossos mandados espera.

Porque, Senhor, eles sós 
(justo e poderoso Rei!)
desdão ou lhe cortam nós,
como também entre nós
que sois nossa viva lei.

Onde há homens há cobiça;
cá e lá tudo ela empeça,
se a santa, igual justiça
não corta, ou não desempeça
o que a má malícia enliça.

Senhor, qu'é muito atrevida!
E onde ela nós cegos deu,
cortar é coisa devida;
exemplo, o justo de Mida, 
que el-Rei vosso avô fez seu.

Ora eu que, respeito havendo
ao tempo mais que ao estilo,
irei fugindo ao que entendo;
farei como os cães do Nilo,
que correm e vão bebendo.

A dignidade real,
que tem o mundo a direito, 
(sem ela ter-se-ia mal) 
é sagrada, é natural
deixemos medo e proveito.

As vossas velas, que vão 
dando quase ao mundo volta,
raramente contarão
gente de algum rei solta:
sem cabeça o corpo é vão.

Dignidade alta e suprema,
que há que a não reconheça?
Viu-se em Marco António tema
de a César pôr diadema
real sobre a cabeça.

Que nome de emperador
d'antes a César se dera,
sem suspeita e sem temor;
que inda então muito mais era
ser cônsul, ser ditador.

Um rei ao reino convém; 
vemos que alumia o mundo;
um sol, um Deus o sustém;
certa a queda e a fim tem
o reino onde há rei segundo.

Não, ao sabor das orelhas,
arenga cuidada e branda;
abastem as razões velhas:
a cabeça os membros manda;
seu rei seguem as abelhas.

A seu tempo o rei perdoa;
a tempo o ferro é mezinha:
forças e condição boa
deram ao leão coroa
de sua grei montesinha.

Às aves, tamanho bando, 
doutra liga e doutra lei, 
por vencer todas voando, 
a águia foi dada por rei,
que o sol claro atura olhando.

Quanto que sempre guardou
David lealdade e fé
a Saul! Quanto o chorou!
Quanta maldição lançou
aos montes de Gelboé!

Onde caíra o escudo
de seu rei, inda que imigo,
inda que já mal sesudo
saindo de tal perigo,
e subindo a mandar tudo.

O senhor da natureza,
de que o céu e a terra é cheia,
vestindo em nossa baixeza,
de real sangue se preza:
por rei na cruz se nomeia.

Sobre obrigações tamanhas
velem-se com tudo os reis
dos rostos falsos, das manhas
com que lhes fazem das leis,
fracas teias das aranhas.

Oue se não pode fazer
por arte, por força ou graça,
salvo o que a justiça quer.
Senhor, não chamam poder
salvo o que lhes val na praça.

E por muito que os reis olhem
vão por fora mil inchaços,
que ante vós, Senhor, se encolhem
duns gigantes de cem braços
com que dão e com que tolhem.

Quem graça ante o rei alcança,
e i fala o que não deve,
(mal grande da má privança)
peçonha na fonte lança,
de que toda a terra beve.

Quem joga onde engano vai
em vão corre e torna atrás,
em vão sobre a face cai;
mal hajam as graças más
de que tanto dano sai!

Homem de um só parecer,
dum só rosto e duma fé,
d'antes quebrar que volver,
outra cousa pode ser,
mas de corte homem não é.

Ouço gracejar, de cá,
de quem vai inteiro e são,
nem se contrafaz mais lá:
- Como este vem aldeão,
que não sabe onde se está!

As públicas santidades,
estes rostos transportado,
não em ermos, mas cidades,
para Deus são vaidades,
para nós vão rebuçados.

Mas, despois, que lhes fazemos?
Pode ser, não pode ser,
adiante o saberemos:
estamos um pouco a ver;
cai-lhes o rebuço, e vemos.

Senhor, hei-vos de falar 
(vossa mansidão m'esforça) 
claro o que posso alcançar; 
andam pera vos tomar
por manha, que não por força.

Por minas trazem suas azes,
encobertos seus assanhos,
falsas guerras, falsas pazes:
de fora são mansos anhos,
de dentro lobos robazes.

Tudo sua cura tem:
que é assi, bem o sabeis
e o remédio também.
Querei-los conhecer bem?
No fruito os conhecereis.

Obras, que palavras não!
Porém, Senhor, somos muitos;
e entre tanta abrigação,
tresmalham-se-vos os fruitos,
que não sabeis cujos são.

Um, que por outro se vende,
lança a pedra, e a mão esconde;
o dano longe se estende;
aquele a quem dói, entende,
com sós suspiros responde.

A vida desaparece,
e entretanto geme e jaz
o que caiu; e acontece
que dum mal que se lhe faz,
outro mor se lhe recresce.

Pena e galardão igual 
o mundo em peso sustém, 
é ma regra geral:
que a pena se deve ao mal, 
o galardão ao bem.

Se alguma hora aconteceu
na paz, muito mais na guerra,
que a balança mais pendeu,
faz-se engano às leis da terra;
nunca se faz às do Céu.

Antre os Lombardos havia
lei escrita e lei usada,
como inda hoje, parecia:
que onde a prova falecia
que o provasse a espada.

Ali no campo, às singelas,
em fim, morrer ou vencer,
fosse qual quisesse delas,
não era milhor morrer
a ferro que de cautelas?

A um nosso alto rei excelente,
Dom Dinis, tão louvado,
tão justo, a Deus tão temente,
falsa e maliciosamente,
foi grande aleive assacado.

Ele posto em tal perigo,
(rei que rei fez e desfez!)
co'as manhas do falso imigo,
foi-lhe forçado essa vez
à lei chamar-se que digo.

E às vilas e às cidades,
a que cumpriu d'acudir,
pelas suas lealdades:
tanto são más as verdades
às vezes de descobrir!

Da mesma casa real
em verdade um grande infante
tratado por manhas mal,
bradava por campo igual,
e imigos claros diante.

Em fim, vendo a indústria e arte
quanto que podem, chamou
um leal conde a de parte;
só com ele se apartou;
foi viver à milhor parte.

Onde tudo é certo e claro,
onde são sempre umas leis;
Príncipe no mundo raro!
Sobre tanto desamparo
foram três seus filhos reis.

Ó Senhor, quantos suores
passa o corpo e a alma em vão
em poder de envolvedores!
E, em fim, batalhas que são
salvo uns desafios mores?

Co'a mão sobre um ouvido
ouvia Alexandre as partes,
como quem tinha entendido,
por fazer certo o fingido,
quantas que se buscam d'artes.

Guardava ele aquele inteiro
para a parte não não ouvida;
não vá nada em ser primeiro;
quem muito sabe duvida;
só Deus é o verdadeiro.

A tudo dão novas cores,
envolvendo os peitos puros,
e falam sempre em primores.
Ante os reis, vossos senhores,
vindes com rostos seguros.

Contais, gabais, estendeis
serviços e lealdade.
Olhai, que a não daneis: 
falai em tudo verdade
a quem em tudo a deveis.

Senhor, nosso padre Adão
pecou; chama-o o Juiz.
Tenha que dizer ou não
i sua fraca razão,
porém livremente diz.

Sempre foi, sempre há de ser,
onde uma só parte fala,
sempr'a outra haja de gemer.
Se um jogo todos iguala,
as leis que devem fazer?

Vidas e honras tomais
debaixo de vosso amparo,
de estranhos e naturais;
suspiram, não podem mais,
e às vezes isto mal claro.

Também trás aquela arde
tão estimada a fazenda,
por mais que se vele e guarde;
tinha ela milhor emenda,
se não fosse mal, e tarde.

Geralmente é presumptuosa 
Espanha, e disso se preza: 
gente ousada e belicosa; 
culpam-na de cobiçosa, 
tudo sabe Vossa Alteza.

Pensamentos nunca cheios,
não têm fundo aqueles sacos!
Ainda mal com tantos meios,
para viver dos mais fracos
e dos suores alheios.

Que eu vejo nos povoados 
muitos dos salteadores,
com nome e rosto d'honrados:
vão quentes, andam forrados
de peles de lavradores.

E, Senhor, não me creais,
se as não acham mais finas
que as dos lobos cervais,
que arminhos e zebelinas,
custam menos, cobrem mais.

Ah, Senhor, que vos direi?
Que acode mais vento às velas.
Nunca se descuide o Rei:
que inda não é feita a lei, 
já se lhe buscam cautelas.

Então, tristes das mulheres,
tristes dos órfãos coitados,
e a pobreza dos mesteres,
que nem falar são ousados
diante os mores poderes.

Os quais quem os assim quer,
quem os negocia assi?
Que fará dês que os houver?
nossos houveram de ser,
buscaram-nos para si.

Ora, já que as consciências
o tempo as levou consigo,
venhamos às penitências,
Senhor, se eu visse castigo...
Boas são as residências;

Mas eu vejo cá na aldeia,
nos enterros abastados,
quanto padre que passeia,
enfim, ventre e bolsa cheia
e assoltos de seus pecados.

Se querem reconciliar
uns cos outros, tem seu trato;
abasta-lhes só acenar:
não nos fazem tal barato
ò tempo de confessar.

Senhor, esta vossa vara
como as mãos em que anda é;
a boa é ave mui rara;
crede que esta nunca é cara,
que seja muita a mercê.

Livre de toda a cobiça,
a Deus temente e a vós,
sem respeito, sem preguiça,
varas direitas, sem nós,
se quereis que haja i justiça!

Tomai, Senhor, o conselho
do bom Jetro ao genro amigo: 
é verdade, é Evangelho; 
como disse aquele velho, 
humildemente assi vos digo.

Que estas leis justinianas,
se não há quem as bem reja
fora de paixões humanas,
são um campo de peleja
com razões francas e ufanas.

Morre o nobre Conradino
co parceiro, em todo igual,
cada um de tal morte indino,
porque o duro, ou o malino
doutor interpreta mal.

Diz Agostinho sãmente: 
Cesse o sangue; a guerra finda;
diz mais, dalguns maiormente;
vem grosas, que corre ainda
o real sangue inocente.

Mas, Senhor, milhor o temos:
sendo vós o que mandais,
todos nos revolveremos,
os que tanto não podemos,
e aqueles que podem mais.

Quem por amor se encadeia, 
não é nome errado ou novo 
se por livre se nomeia;
não tem rei amor de povo 
rei em quanto o mar rodeia.

Não assoberbam soldados
aqui, nem soa atambor;
os outros reis seus estados
guardam de armas rodeados,
vós rodeado de amor.

Achar-nos-ão as divinas,
no meio dos corações,
esculpidas vossas quinas;
estas são as guarnições
de vós e dos vossos dinas.

É sem dúvida o francês 
a seu rei amor aceso:
não lho nega o português; 
traz porém guarda escocês, 
que não é de pouco peso.

O Padre Santo assi faz,
a quem certo se devia
alto assossego, alta paz;
e guardas todavia,
com que vai seguro e jaz.

Que se pode ir mais avante,
co's olhos, nem co sentido?
Sem ferro e fogo que espante,
com duas canas diante
is amado e is temido.

Uns sobre os outros corremos,
a morrer por vós com gosto;
grandes testemunhas temos
com que mãos e com que rosto
por Deus e por vós morremos.

Outrossi para os reveses
(queira Deus que não releve!)
em vós tem os portugueses
Codro dos atenienses,
Décios, que só Roma teve.

Do vosso nome um grão rei 
neste reino lusitano,
se pôs essa mesma lei, 
que diz o seu Pelicano: 
Pola Lei e Pola Grei.

Mas eu sou um guarda-cabras
vão-se assi de ponto em ponto;
queria só duas palavras:
que dos gados e das lavras
despois não tem fim nem conto.

Assim que seja aqui a fim:
tornem as práticas vivas;
perdestes meia hora em mim,
das que chamam sucessivas
estes que sabem latim.

Sá de Miranda

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Às chagas


Divinas mãos, e pés, peito rasgado,
Chagas em brandas carnes imprimidas,
Meu Deus, que por salvar almas perdidas,
Por elas quereis ser crucificado.

Outra fé, outro amor, outro cuidado,
Outras dores às vossas são devidas,
Outros corações limpos, outras vidas,
Outro querer no vosso transformado.

Em vós se encerrou toda a piedade,
Ficou no mundo só toda a crueza;
Por isso cada um deu do que tinha:

Claros sinais de amor, ah saudade!
Minha consolação, minha firmeza,
Chagas de meu Senhor, redenção minha.

Frei Agostinho da Cruz

António Nobre, Só


Imagem – filme “Ala-Arriba” – José Leitão de Barros, 1942.

Georges! anda ver meu país de Marinheiros, 
O meu país das naus, de esquadras e de frotas!

Oh as lanchas dos poveiros 
A saírem a barra, entre ondas de gaivotas! 
Que estranho é! 
Fincam o remo na água, até que o remo torça, 
À espera de maré, 
Que não tarda aí, avista-se lá fora! 
E quando a onda vem, fincando-a com toda a força, 
Clamam todas à uma: "Agôra! agôra! agôra!" 
E, a pouco e pouco, as lanchas vão saindo 
(Às vezes, sabe Deus, para não mais entrar...) 
Que vista admirável! Que lindo! que lindo! 
Içam a vela, quando já têm mar: 
Dá-lhes o Vento e todas, à porfia, 
Lá vão soberbas, sob um céu sem manchas, 
Rosário de velas, que o vento desfia, 
A rezar, a rezar a Ladainha das Lanchas:

Senhora Nagonia!

Olha acolá! 
Que linda vai com seu erro de ortografia... 
Quem me dera ir lá!

Senhora Da guarda!

(Ao leme vai o Mestre Zé da Leonor) 
Parece uma gaivota: aponta-lhe a espingarda 
O caçador!

Senhora d'ajuda! 
Ora pro nobis! 
Caluda! 
Sêmos probes!

Senhor dos ramos 
Istrela do mar! 
Cá bamos!

Parecem Nossa Senhora, a andar.

Senhora da Luz!

Parece o Farol... 

Maim de Jesus!

É tal e qual ela, se lhe dá o Sol!

Senhor dos Passos! 
Sinhora da Ora!

Águias a voar, pelo mar dentro dos espaços 
Parecem ermidas caiadas por fora...

Senhor dos Navegantes! 
Senhor de Matuzinhos!

Os mestres ainda são os mesmos dantes: 
Lá vai o Bernardo da Silva do Mar, 
A mai-los quatro filhinhos, 
Vascos da Gama, que andam a ensaiar...

Senhora dos aflitos! 
Martyr São Sebastião! 
Ouvi os nossos gritos! 
Deus nos leve pela mão! 
Bamos em paz!

Ó lanchas, Deus vos leve pela mão! 
Ide em paz!

Ainda lá vejo o Zé da Clara, os Remelgados, 
O Jéques, o Pardal, na Nam te perdes, 
E das vagas, aos ritmos cadenciados, 
As lanchas vão traçando, à flor das águas verdes, 
"As armas e os varões assinalados..."

Lá sai a derradeira! 
Ainda agarra as que vão na dianteira,.. 
Como ela corre! com que força o Vento a impele:

Bamos com Deus!

Lanchas, ide com Deus! ide e voltai com ele 
Por esse mar de Cristo... 

   Adeus! adeus! adeus!

Pedaços de Portugal

A Lorcha, uma embarcação tradicional de Macau, exemplo da mistura entre a cultura náutica portuguesa e chinesa.  

 fonte: Caxinas

domingo, 13 de janeiro de 2013

Quando D. Miguel passou por Ermesinde

Marcas de Um Rei - Piedade e Clemência
"Dirigio-se ElRei Nosso Senhor ao Hospital de Sangue da Formiga, percorrendo todas as suas enfermarias, demorando-se particularmente naquella em que estão os bravos militares, que forão feridos no campo da honra na justa defeza do Rei e da Patria. He impossivel explicar as demonstrações de benignidade, e de affecto, que ELRei Nosso Senhor Prodigalizou áquelles seus leaes Vassalos, como tambem se não póde pintar a emoção, que nelles, e em todos os circunstantes causou aquella scena verdadeiramente interessante, e pathetica. Depois de haver Sua Magestade assim penhorado dos mais vivos sentimentos de gratidão, e contentamento aquelles fieis guerreiros Seus defensores, Passou à Enfermaria onde se curão os prizioneiros rebeldes, que se achão feridos, e Patenteando toda a Grandeza de Seu animo verdadeiramente Real, e da Sua Piedade e Clemencia verdadeiramente Christã, Tratou com a mesma bondade e carinho aquelles seus inimigos, que tinhão vindo armados a este Reino com o sacrilego fim de atacar os direitos da sua incontrastavel Legitimidade. He escusado referir a sensação, que em todos produzio espectaculo tão tocante. Concluido este acto, tomou ELRei Nosso Senhor em direitura o caminho de Braga."
no jornal A Voz de Ermesinde

agradecido ao meu amigo Pianista!

A Arte do Mando

no MLP

O CJM, o RDM, a OSN ou quaisquer outros diplomas jurídico-militares daqueles tempos tinham uma valia indisputável, mas nem tudo isto somado chegava para conduzir homens ao combate. Vai-se à luta à voz de quem é Chefe. E o Chefe não impõe nada nem é eleito; o Chefe impõe-se e é aceito como tal! Quando muito, se as circunstâncias requerem acto mais sonoro, o Chefe é aclamado! Mas a aclamação do Chefe, como sucedia em Cortes aos Reis da antiga monarquia portuguesa, não tem efeito constitutivo da sua dignidade, senão de reconhecimento dela!
a lembrar De Maistre

sábado, 5 de janeiro de 2013

O Mundo Apóstata

El desprecio de la virginidad, la pérdida del sentido de lo sagrado, el prestigio de lo irracional, falso y feo, la maldad gratuita –romper a pedradas las farolas de un paseo, costosamente adquiridas y colocadas por la comunidad del barrio–, la división de la nación en partidos siempre contrapuestos y en guerra, la devaluación del patriotismo hasta el ridículo, el menosprecio de los padres y de los ancianos, la aversión sistemática a la tradición de los antepasados, la veneración por la homosexualidad, la idolatrización de artistas y líderes especialmente degenerados y perversos, la admiración imbécil en el arte de fealdades patentes y deliberadas… Todos ésos, y otros muchos males, en los países pobres y paganos no existen en la medida en que se dan en el mundo apóstata del cristianismo.
Reforma o apostasía

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves