quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pequeno retábulo da minha pessoa (Crónica VI)

Vivo constrangido.
Repito.
Vivo constrangido pela memória, pelos afectos, pelo Amor, pela saudade.
Vivo constrangido pelas declarações de loucura, de doçura, de lisura.
Mas não vivo nem bem nem mal.
Adoro sem ser adorado.
Ganho a perder.
Fujo sentado.

(...)
Volta!
- Não posso.
Suplico-te.
- Deixa-me.
De luto eu estou.
- De luto eu estive.
A cama arrefeceu.
- A cama nunca aqueceu.
(...)

Neve,
brancura desleal,
pureza absoluta,
realeza carnal.

Se um dia ele te voltar a ver, a te cortejar, nesse dia ele te dirá:

Menti-te!!!
- Morreste-me...

A água continuará a passar debaixo da ponte, o rio desaguará na Capital, serão um, uno, feliz e eternamente juntos para nunca mais.

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves