Não nos cabe fazer o discurso apologético daquilo que se passou durante o miguelismo ou o Estado Novo ou qualquer outra época da nossa história recente em que possamos identificar uma classe política e governante interessada em guiar Portugal por um caminho genuíno, próprio e original e de acordo com o seu "código genético", a sua tradição, a sua génese.
O discurso apologético deve ser deixado às instituições religiosas ou de carácter místico-mitológico, como a Igreja Católica ou a Associação 25 de Abril.
Temos sim a obrigação de reconhecer os abusos que se fizeram, as vinganças camufladas em nome do Bem Comum, o desleixo do Estado para com os sectores carenciados da Sociedade - que marcaram o fim e as causas da decadência destes regimes.