Segundo o início do Programa:
"Morphing ... onde tudo se transforma. Podemos modificar gradualmente as imagens que a nossa memória cria, mas mantemos a essência do objecto. Neste concerto procuramos moldar o som, criando uma textura orgânica que se vai desintegrando de forma pontilhada.
Perdemos os acontecimentos, respiramos os sons, vivemos as imagens...e a nossa mente?
...desaparece..."
Frames#87: clarinete, electrónica em tempo real e vídeo (compositor: Igor Silva)
Ondas de memória: ensemble (comp. Diogo Carvalho)
Monólogo V: guitarra portuguesa (I. S.)
Twelve Gardens nº1, 2 e 3: piano e vídeo (D. C.)
As palavras não mudam: flauta e electrónica (I. S.)
Contrastes: violoncelo e piano (D. C.)
Slow motion: electrónica e vídeo (D. C.)
Clepsydra: grande ensemble e electrónica (I. S.)
Excelente grafismo para capa das notas de programa. Fantasia científica é o que me ocorre.
Excelentes textos elucidativos das obras.
1ª peça - Tinha momentos em que parecia um elefante a soar do clarinete de Frederic Cardoso, porque a peça era mesmo assim escrita. Aquilo era um "calhau" para o intérprete. O vídeo era, por vezes, abusivo.
2ª - Percebi ainda melhor, com outro olhar, a totalidade da obra, a imagem de fundo (uma gare de metro e seus carris) também ajudou. Mas a minha opinião já tinha sido muito boa (ver crítica aqui). Senti mesmo pena por alguém, indo de encontro ao "objectivo - haver uma sensação de desconforto e a ansiedade" (Nota de Programa).
3ª - Brutal, Som fantástico, ritmos alucinantes para a tradição auditiva do repertório daquele instrumento.
4ª - Não senti nada.
5ª - Acho que podia ser mais curta, já que os seus motivos eram interessantes, principalmente com a qualidade tímbrica da flauta, mas que a dada altura, paravam no tempo.
6ª - Esta é que não percebi mesmo nada. Vá lá, senti estranheza.
7ª - Gostei das imagens das flores em diversos ângulos, embora gostasse delas em cores vivas, mas isso talvez fosse contra a estética e gosto da ideia intrínseca à peça. Por acaso, até achei a peça andante e não lenta.
8ª Adorei. Gostei ainda mais do que da primeira vez .
Notas: Há pessoas que pensam que estão a aplaudir em Budapest. Uma salva de palmas de cada vez. E alguém se importa de desligar as câmaras frigoríficas? Lá pró raio do barulho. Acho que alguém se esqueceu de como se abriam as cortinas ;) Foi engraçado.