quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Resenha sobre Músicas da minha predilecção

Entre tous les guerriers, Litz est seul sans reproches,
Car malgré son grand sabre,
on sait que se héros
N'a vaincu que des double-croches
Et tué que des Piano

No Artigo anterior referi-me a duas músicas interpretadas por algumas das mais interessantes e porventura controversas mentes profissionais da dita "Música Erudita".

Com Luciano Pavarotti, ninguém ficava indiferente pela positiva, se até de futebol ele gostava, não se interessando nada dessas incongruências de "pseudo-intelectuais" que pensam que isso do desporto é para brutos. Ele era adepto fervoroso da Juventus e adorava jogar com amigos.
Isto demonstra bem, sem subterfúgios, que isso de não se praticar certos desportos por causa do nosso principal instrumento de trabalho, sejam, por exemplo as mãos ou as cordas vocais, é um pouco de receio a mais. Desde que praticado com segurança, não há problema. Dirá o leitor " Mas e as mãos do guarda-redes, os braços e pulsos de um tenista ou a garganta em erupção constante? Não será arrsicar demasiado?" Sempre que conduzimos estamos a incorrer numa probabilidade de acidente, pois manejamos uma máquina, mas que não é alimentada por nós. Como somos nós que manejamos a nossa máquina, temos mais auto-controlo. Claro que não podemos entrar "à patrão" a fazer malabarismos como os de Nani, senão dão no resultado que conhecemos (os tais que Sir Alex Fergusson abomina).

Sobre outro Sir, mas de linhagem Germãnica, Herbert von Karajan foi e será sempre um dos mais aclamados e impressivos maestros de sempre, por ter criado, ou melhor, sedimentado as suas próprias regras interpretativas: Dirigir uma orquestra sem partitura, fosse ao vivo ou em gravação; não dirigir certas peças; rigidez de princípios quanto à formação das suas orquestras (por exemplo, não entravam mulheres, algo também natural na altura).
Também na sua vida pessoal (pouco exposta, raras vezes visto em família em revistas dedicadas à música erudita) criou um áurea de perfeição, contando que uma das suas duas mulheres era a típica alemã loira, alta, esbelta, de figurino altivo, olhos azuis, com vários filhos a que só faltava vestir os suspensórios para parecerem as crianças retratadas no filme " Música no Coração".

O Concerto de Ano Novo, já uma celebração bastante antiga, serve muitas vezes de homenagem aos grandes maestros, como se lhe dessem uma orquestra para brindar o público com alegria e não tanto a pensar se estão a tocar tudo perfeitinho. É possível, comparando com outras gravações, que foi um concerto bem especial e emotivo, já nos seus "últimos acordes" de vida, em que mesmo em coisas um pouco gastas como as Valsas de Strauss, sempre tocadas neste concerto, tudo tinha de seguir o clic-clac de um relógio Suiço.
Nota: Litz é uma referência irónica a Franz LISZT, Compositor, pianista, escritor e amante de tudo quanto era belo e um mulherengo húngaro de primeira água. Falarei dele mais tarde.

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves