terça-feira, 30 de setembro de 2025

Vieste com girassóis de Maio

 Poema da minha mãe, dedicado ao meu filho Lourenço 

Vieste com girassóis de maio

E desde então

guardo-te

no meu cofre de abracos

e no meu colo de beijos

Olho-te

e pergunto-me se o que vês

vai além do infinito

Olho-te

na casa ancestral

pequenina flor azul

que por magia

torna o mundo numa suave aguarela.

Fico a olhar-te... a olhar-te... 

o narizinho empertigado

a bochecha de pequeno anjo

o teu corpinho ainda trôpego

a gargalhada que me enleva

 o "Oh não..." de quem não desiste

de correr e saltar pelas pedras centenárias

dos avós

É a história que se repete

E eu fico a olhar-te... a olhar-te

dono de mim

É a tua vez, meu pequenino ídolo,

de crescer!

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Falando sobre História…


É muito comum julgar documentos antigos como a Doação de Constantino ou as Cortes de Lamego como atrevidas falsificações da Igreja Católica para ludibriar os incautos analfabetos dos tempos obscuros da Idade Média. Vamo-nos debruçar sobre isto:


A Doação de Constantino trata-se de um documento criado em 979. Alegadamente datado de 315, o seu suposto autor fora o imperador Constantino. De acordo com a interpretação oficial da Igreja, a Doação visava dotar o Papa de poder temporal para ordenar os bispos da cristandade romana (ocidental e oriental), e para nomear os imperadores. Ao mesmo tempo a Doação garantia à Igreja uma justificação para possuir propriedades e domínio público sobre terras, especialmente sobre a cidade de Roma, assim como o prestigiante direito ao uso da tiara, uma insígnia imperial que a Santa Sé mantém como um dos seus símbolos centrais.

Foi Lorenzo Valla quem demonstrou de forma metódica de que maneira este documento era uma falsificação grosseira, em obra publicada entre 1439 e 1440. Contudo, as dúvidas sobre a veracidade deste documento datam practicamente desde o momento em que deu à luz, no século X.

Imperadores germânicos duvidaram da sua veracidade, teólogos bizantinos negaram-no veemente. Até ao século XV, data da famosa obra de Lorenzo Valla, já vários bispos haviam lançado as suas dúvidas sobre a Doação. 

Então o que justifica o uso da Doação como documento inquestionável de legitimidade política ao longo de 500 anos? A resposta não pode ser somente o prestígio ou o peso político da Santa Sé, uma vez que esse peso e prestígio variaram radicalmente ao longo desses 5 séculos, com pronunciados altos e baixos.

A resposta está na necessidade da legitimidade política. 

As realidades plasmadas na Doação de Constantino já existiam antes desta falsificação circular pela mundo. A Igreja Romana já ordenava os bispos do mundo cristão ocidental. A posse política do centro da Península Itálica por parte do bispo de Roma já era abertamente assumida por todas as potências limítrofes, actuando como uma fronteira política, um estado tampão, entre o norte de Itália controlado pelo novo Império Ocidental dos Imperadores Germânicos e um sul que escapava ao controlo do velho Império de Constantinopla e passava aos poucos para as mãos dos normandos.

A Doação de Constantino reforça a pretensão do Ocidente de se assumir como legítimo descendente de Roma, ao deixar nas mãos do Papa o direito de nomear o Imperador do Ocidente, retirando ao Imperador do Oriente a prerrogativa, já de si altamente questionável, de oferecer ou não ao primeiro as insígnias imperiais. Indirectamente a Doação constitui-se como o documento legitimador de uma realidade já existente e altamente necessária para a estabilidade política do Ocidente, oferecendo uma fonte de legitimidade não só ao Sacro-Império, mas também às nascentes entidades políticas europeias, filhas da instabilidade criada pelas invasões muçulmanas, normandas e magiares. Entre o grupo de nações aqui mencionadas está Portugal, que oficialmente só entra para o clube de reinos reconhecidos após a Bula Manifestis Probatum, outorgada em 1179.

Assim, não interessa que a Doação seja uma falsificação, a realidade política e a necessidade de legitimação fizeram dela uma verdade inquestionável que perdura, de certa maneira, até aos dias de hoje. Afinal de contas, os Papas ainda nomeiam os bispos e ainda usam tiara e ainda é um importante passo para qualquer jovem nação independente ser reconhecida pelo Vaticano como tal.


O mesmo se diga sobre as famosas Cortes de Lamego. A primeira menção às Cortes de Lamego surge em 1632, na terceira parte da “Monarchia Lusitana”, da autoria de Frei António Brandão. A Alexandre Herculano é dado o mérito de estabelecer estas cortes como mitologia, mas já antes de Herculano surgiram autores que questionavam a veracidade das cortes, como José Acúrsio das Neves. 

No século XVIII autores houve em Portugal que, na senda de desvalorizar o valor político das cortes, cuja reunião estava então em desuso e por todos assumida como desnecessária, cara e ineficaz, lançaram dúvidas sobre a veracidade destas Cortes de Lamego.

Mas o que têm estas Cortes de importante? Segundo António Brandão, nestas Cortes os súbditos portugueses haviam lançado o famoso Grito de Almacave,


“Nós somos livres, o nosso Rei é livre, e as nossas mãos nos libertaram.”


Ou seja, uma espécie de proclamação de soberania por parte da nação portuguesa, outorgando-se a si própria a iniciativa e o direito de proclamar a sua independência. As Cortes haviam sido, supostamente, convocadas por Afonso Henriques para legitimar os seus esforços independentistas.

Também durante estas Cortes se fundamentou os princípios da sucessão ao trono, especialmente a obrigatória nacionalidade portuguesa do monarca.

A obra de Brandão contextualiza-se numa época em que o trono português era detido por uma dinastia espanhola.

Terá Brandão inventado esta história das Cortes de Lamego? Não interessa.

A verdade é que a prática política da monarquia portuguesa reafirma os princípios mitológicos das Cortes, tanto antes como depois da publicação da “Monarchia Lusitana”.

Venceu sempre em Portugal o partido que defendia que o reino devesse ser governado por reis portugueses. Veja-se a crise de 1383-85, em cujas bem reais Cortes de Coimbra obervamos, uma vez mais, o papel fundamental destas para legitimar uma nova dinastia, a de Avis, contra a possibilidade duma dinastia castelhana.

Em 1820 as mitológicas Cortes de Lamego vão ser ser usadas para a legitimação do recém-criado Poder Constituinte, reforçando o papel legislativo do Poder Representativo da Assembleia na Constituição de 1822 e nas seguintes. Em 1828 será usada por alguns fiéis de D. Miguel como forma de legitimar o poder do Rei em convocar cortes e para governar à antiga, de acordo com as leis e a Tradição Portuguesa. Outros, da mesma banda, hão de questionar estes mesmos postulados.

Não interessa que as Cortes não tenham existido - a realidade política e a necessidade de legitimação do poder fizeram das Cortes uma realidade inquestionável. Herculano colocou em causa a forma, mas o conteúdo é inolvidável.


Quer isto dizer que os nossos antepassados viviam oprimidos por ficções políticas com origem em falsificações?

Tanto como nós. Nós também vivemos em regimes fundamentados por princípios não só falsos, mas antropologicamente errados.

A realidade demo-liberal sustenta-se nas doutrinas dos contratos sociais de autores como Locke, ou Montesquieu ou Rousseau, para sustentar a legitimidade do poder político democrático. 

Qualquer história da Humanidade, qualquer manual básico de antropologia, comprova facilmente que a sociedade humana não teve início num contrato social.

A estratificação social e hierárquica das primeiras civilizações humanas deu-se de forma orgânica, assumindo várias formas, evoluções, caminhos interrompidos e experiências falhadas.

A ficção política do nosso tempo é a de que o poder político é legitimado pela decisão actualizada das gerações presentes - a democracia, uma espécie de contrato social permanentemente renovado. Ou seja, a nossa falsificação é a de que o poder pode ser exercido legitimamente após um universal concurso de popularidade e que essa legitimidade confere ao vencedor desse concurso o poder para mudar tudo ou quase tudo.

Os nossos antepassados acreditavam que a legitimade política estava amplamente limitada pela Tradição, pela Antiguidade, assim como a Razão e a Justiça das pretensões políticas, que podiam nascer de práticas continuadas ou assumidas pela comunidade como úteis e intemporais, ou seja, que servissem às gerações futuras e honrassem os desígnios das gerações passadas. Para nós conta somente a decisão da geração presente, como se a História e a Política se esgotassem apenas nos que estão presentemente vivos.


Quem vive, então, na maior mentira? 

sábado, 24 de maio de 2025

Cleópatras, primeira parte.


Alexandre Magno teve uma irmã de sangue chamada Cleópatra, filha de Filipe II da Macedónia e Olímpia do Epiro. A julgar pelas más línguas seria esta a única filha que Filipe teve com Olímpia, a julgar pelos rumores que Alexandre seria filho de uma relação extraconjugal entre Olímpia e Nectanabo, ou Natanabo, o exilado faraó egípcio que, derrotado pelas forças do Imperador persa Artaxerxes e procurando guarida na corte macedónica, terá lançado as suas artes mágicas de iniciado nos mistérios de Isis sobre a carismática mulher de Filipe.

Os rumores são infundados, uma vez que o pobre Natanabo fugiu, de facto, da invasão persa após a queda de Mênfis, mas fugiu para a Núbia, de onde liderou, durante pouco tempo, uma ineficaz e insuficiente resistência.

Outra Cleópatra na vida de Alexandre era Cleópatra Eurídice, outra das mulheres de Filipe II, que continuara o velho costume dos reis macedónios da poligamia, algo que muito chocava os helenos mais puritanos. Esta Cleópatra teve dois filhinhos que Olímpia, mãe de Alexandre, tratou imediatamente de despachar desta para melhor, assim como à mãe dos mesmos, assim que Filipe bateu a bota.

Já a Cleópatra irmã de Alexandre teve uma vida interessante enquanto regente do Epiro e da Macedónia, assim como conselheira de seu irmão e agente político após a morte de Alexandre. Teve um fim trágico, assassinada por uma das suas damas de companhia, um fim muito em voga naqueles tempos conturbados.

Cleópatra, sendo um nome helénico, traduzindo-se literalmente por "glória do pai", está presente na mitologia antiga, como filha de Bóreas, o vento norte, e de Tros, rei fundador de Tróia.

O nome conheceu óbvia popularidade entre a nobreza macedónica, uma vez que o encontramos repetido até à exaustão entre as filhas dos diversos sucessores de Alexandre Magno, quer entre os Selêucidas, os Antigónidas ou os Ptolomeus.

O nome acabou por ser adoptado pelas populações submetidas pelo mundo helénico, como é visível no caso de Cleópatra de Jerusalém, mulher de Herodes, dito "o Grande", o monarca da narrativa bíblica. Até mesmo o nome Herodes é de origens gregas, apesar das origens do famoso monarca dos judeus serem árabes, tanto do lado materno como paterno.

É claro que não se pode falar de Cleópatra sem mencionar a mais famosa de todas as Cleópatras, a amante de Júlio César, esposa de Marco António, magistralmente representada na famosa e homónima peça de Shakespeare, personagem principal em quase todos as obras que versam sobre o período em que viveu. Cleópatra IV Filopater foi a última faraó na história do Egipto e a última soberana da dinastia de Ptolomeu a governar sobre o Egipto. A sua irmã, Cleópatra II Selene, governou após a morte da irmã sobre a Mauritânia, junto com o rei Juba da Numidia, criando por aquelas bandas um estado modelo em gestão económica e administração política, ainda que vassalo de Roma. É com esta última Cleópatra que morre a dinastia dos Ptolomeus, uma vez que a sua descendência será dizimada por Calígula e a Mauritânia incorporada no estado romano por Cláudio.



domingo, 18 de maio de 2025

Carta escrita no avião

 Carta aos meus filhos Lourenço e Tomás 


Meus queridos meninos,


Escrevo-vos esta pequena carta a pensar no que preciso vos dizer caso não possa cá estar para falar convosco. Lourenço, meu pequeno tourinho, tão pequenino e já tão cheio de carácter, penso todos os dias no teu sorriso rasgado e na tua disposição alegre. Tens um efeito especial nas pessoas, iluminando qualquer sala com a tua alegria contagiante, a tua presença bondosa, o teu carinho de menino espevitado. Hoje acordei a pensar, quase em lágrimas, na alegria que tenho em saber que daqui a umas horas te vou abraçar. 

Meu Tomás, meu menino. Como estou ansioso por te conhecer. Como te amam os teus papás, que te fizeram no amor de Cristo e te querem tanto, tanto, tanto. Ainda não sei como és, meu narizinho pontiagudo, mas já sou teu pai, sempre fui teu pai, serei sempre teu pai. És, como o teu irmão, o fruto doce de um grande amor, aquele que nutro pela tua mãe, que é a melhor coisa que Deus me pôs nesta vida. 

Ficam a saber os dois que qualquer que seja o destino que calhe ao vosso pai, ele é o homem mais sortudo desta terra, porque vos tive e, especialmente, porque vos tive da vossa mãe. Todos os dias agradeço à Providência ter-se enganado tanto a ponto de pensar que um desgraçado como eu mereça alguém como a vossa mãe.


Meus queridos meninos, quero muito que aprendam algumas coisas que eu aprendi nesta vida e que vos quero transmitir, mas que posso, por algum desígnio desconhecido, não ter como vos ensinar.


Primeiro, que devem amar a Deus acima de todas as coisas, porque amar a Deus torna-nos capazes de amar os outros com todo o nosso coração. Quando Deus não está primeiro, não se ama. Amar a Deus torna-nos capazes de entender as falhas dos homens, as suas traições, as suas mediocridades, a sua mortalidade, o inevitável fracasso de todas as coisas humanas. Tudo nesta vida que não dependa do amor de Deus vai acabar por morrer e importa tanto, no esquema superior das coisas, como o pó da rua.


Segundo, que devem amar a vossa Madre Igreja Católica, Apostólica e Romana.

Esse é o designio que os vossos antepassados vos legaram e que herdastes pelas juras e prometimentos dos cavaleiros, doutores, lavradores, pais e mães e avós de quem descendem. É fácil amar as coisas que nos estão por baixo, como os cãezinhos, os gatinhos, os amigos, o clube de futebol, o partido, etc. Difícil é amar aquilo que nos é superior, como a Deus e à Sua Igreja, que é representada tantas vezes por homens desagradáveis ou injustos. O Amor, contudo, tudo tolera e tudo vence.


Terceiro, saibam que o vosso pai foi monárquico e leal à Fidelíssima Casa de Bragança, mas que compreendo muito bem que a vossa sensibilidade ou o vosso sentido de oportunidade vos leve a seguir um caminho diferente. Acima de tudo, o inegociável é a nossa lealdade a Portugal. Seja um rei, um presidente, um komintern ou um sinédrio, nunca desonrem este vosso velho nome com outras alianças que não as que tenham o máximo interesse da Pátria como fundamento. Lembrem-se que o pior inimigo é sempre o traidor.


Quarto, lembrem-se desta prática máxima de “quando em dúvida, a Caridade. No fundamental, a Fé.”

Ou seja, mantenham um núcleo pequeno de principios inegociáveis que vos definam como homens e como cristãos. Em tudo o mais, pratiquem caridade e o amor ao Próximo como Cristo nos mandou no Sermão da Montanha. Que os vossos valores sejam como o ovo estrelado - no centro uma gema bem amarela, quase laranja, os vossos valores bem definidos e bem sustentados, partir dos quais não arredam o pé, de onde se quebra antes de torcer. Tudo o resto é a clara, ou seja, aquilo que podem negociar, os compromissos que podem fazer, o mundo onde hão-de gravitar a maior parte das vossas decisões.


Quinto, que sejam amigos um do outro. Se o amor de Mãe e de Pai são prendas divinas, o amor de um irmão é a ferramenta essencial para uma vida feliz. Não há ninguém em quem eu mais confie que nos meus irmãos. Sejam amigos um do outro e vão ver que nunca estarão sós perante o mundo.


E acima de tudo, obedeçam à vossa mãe e dêem-lhe sempre muitos beijinhos, todos os que o papá não conseguiu dar.

Ter uma mãe é a maior bênção deste mundo e a vossa é superior a todas.

Ânimo e coragem, e agora vou fechar o texto que o avião vai descolar e vou estar em breve nos vossos braços. 



Do vosso pai,


Manuel


segunda-feira, 5 de maio de 2025

Sobre faltar às aulas

Quando as pessoas falam em instrução pública, falam sem saber que se trata de uma das maiores enormidades da história da humanidade. A partir do momento em que se estabeleceu, a Escola mudou para sempre mentalidades e paisagens, submetendo-a à vontade do Estado.

Os jacobinos franceses usaram a Escola Pública para matar a velha França medieval em toda a sua diversidade cultural e linguística, para propagar o seu francês parisiense e os seus ideais revolucionários. Em poucas décadas, o dito francês "cosmopolita", falado em 1789 por pouco menos de 20% da população do Reino da França, passou a língua materna da generalidade dos franceses a viver na República Francesa, no ano de 1850.

Ao contrário do se prega, os governos que passaram pela primeira Revolução Industrial, especialmente o inglês, já em 1832 preocupavam-se com a educação dos petizes que laboravam nas fábricas. A ideia era retirar aos pais a educação das crianças, para criar trabalhadores mais bem formados, quadros mais especializados e capazes. Gente que não mandriasse, que mantivesse os pés bem assentes na terra, que o que importava era trabalhar e bem servir o patrão, para subir na vida e na carreira.

O velho Mao Zedong ensinou o povo chinês a ler para que este pudesse ler o seu Livro Vermelho. A instrução escolar não foi criada para dar ferramentas intelectuais, como a velha escolástica medieval ou a cultura intelectual greco-romana - foi criada para incentivar os indivíduos à obediência, para criar bases pedagógicas para a submissão.

Já a empregada de Agostinho da Silva, segundo nos dizia o filósofo de Barca D'Alva nascido no Porto, dizia que não queria aprender a ler para não ter de "saber das mentiras que eles contam nos jornais".

Quando a Esquerda se queixa do suposto obscurantismo da política educativa de Salazar (o que é falso, os números indicam a maior descida na taxa de analfabetismo da nossa história) está a dar tiros nos próprios pés.

Foi a Educação de Abril que terminou o serviço de controlo estatal das mentes e dos corações a partir da pedagogia pública. Os últimos resquícios de pensamento local, de sabedoria tradicional, foram destruídos em menos de 40 anos de educação "democrática". O português comum não assume uma mentalidade local (além do conceito de rivalidade clubística ou bairrista), substituindo-a por conceitos abstractos de igualdade, profissionalismo e cidadania (que não lhe servem para nada a não ser para conversa fiada, ou pior, para o enganar) e por conceitos bastante concretos de consumismo puro e duro, em que os seus únicos objectivos são os de amealhar, satisfazer-se e não fazer ondas. Vivemos na era da paz social, na era sem tumultos nem motins, não porque as democracias satisfazem os cidadãos de maneira exponencial, mas porque todos fomos ensinados pela Educação Pública a ser bons meninos e meninas e a não levantar ondas.

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves