terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O Social em CDS

O Mota era um playboy sem princípios a quem os papás pagaram a faculdade privada, porque o menino era demasiado especial para estudar. Ele diz ainda a toda a gente que foi o seu primeiro investimento a longo prazo. É um especialista em conversa de marketeiro, cheio de feedbaks e bankings. Trabalha numa dessas Deloittes da vida, a ajudar as grandes empresas a escapar às responsabilidades sociais e aos impostos. Tudo em nome da livre iniciativa, da liberdade e do valente salário que lhe vale esta actividade de corsário e o prolongamento de uma vida que mais não é do que uma cópia fatela de um filme com o Hugh Grant. É um intelectual do liberalismo, como tal, nunca leu um livro na vida.
O Ribeiro era um tipo acanhado, já nos tempos da Escola, aqui em Ermesinde. Chegou a ser baterista, mas não dos que metem nojo. É "pica" na CP, tem uma filha e uma esposa que o adoram. Não se considera uma elite do novo pensamento, mas deu-me em 15 minutos uma tareia de Rousseau e Dostoiévski que ainda me doí. Enquanto fiscalizava os bilhetes de mais quatro pessoas.
Tem um horário de merda, um salário de merda e ainda tem de aturar com a nossa conversa de merda quando o seu sindicato faz greve, queixando-se que os cortes na CP afectam os trabalhadores e não os gestores lá metidos pelos partidos.
O Mota e o Ribeiro são a verdadeira alternativa dentro do CDS. Entre o Melo e a Cristas só há uma diferença de bocas a alimentar. A verdadeira escolha no CDS é pessoal, sim, mas a um nível ainda mais específico. Está na hora de o CDS ser um partido para gente como o Ribeiro e não para gente como o Mota.

A minha Lista de blogues

Seguidores

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves