A minoria de católicos que ainda se interessa "por temáticas em geral" acordou muito abismada.
O pânico foi geral, mas sempre muito controladinho, para não causar choque ou escândalo.
Era ver o cacarejar das colegiais: os bispos reuniram com os juristas católicos e lá pariram mais um lembrete, que todos estamos à espera de ignorar, perorando a legislação sobre aborto e adopção homossexual.
Amanhã vai ficar este grupo de gente nervosa muito impressionada com o facto de, num país onde 80% da população se diz apostólica e romana, ninguém querer saber da sua epifania moral.
Estou aflito por presenciar as lágrimas.
Não se preocuparam quando o vendilhame político mandou ao ar a soberania, a indústria, a agricultura, a cultura. Que o estado se tornasse sorvedouro de receita e poleiro de interesses, nem lhes tirou o sono. E agora aparecem muito aflitas, porque o país não bate a bota com a perdigota. Resignem-se senhoras e senhoras, já perderam o país há mais de 60 anos. Pelo andar da carruagem, ainda perdem a nacionalidade.