RE: contrarreevolução
Apresento em baixo, as minhas razões para considerar que, numa comunidade ancap, seria natural a escravatura:
1- O ideário político ancap faz-se, especialmente, contra os fundamentos do Estado Moderno. Apenas no contexto de um estado moderno podemos observar as tendências democratizantes e socialistas que tanto o blogue do Rui como o meu atacam.
2- A origem da escravatura é anterior à fundação deste- logo, do ponto de vista histórico, temos de ver os fundamentos desta instituição a uma luz diferente daquela causada pelas consequências da acção do Estado pós-revolucionário.
3- Assim sendo, podemos considerar que, num Estado Natural - pegando em Hobbes - a escravatura seria possível.
4- Como? Os valores Liberdade, Propriedade, e Paz podem facilmente devorar-se. Numa sociedade onde não existam imperativos morais além destes um homem pode escolher escravizar-se para pagar uma dívida ou porque, simplesmente, não aguenta a pressão de ser uma adulto responsável. Da mesma maneira que dispões do seu corpo de forma irrestrita - aborto, suicídio assistido, etc. - não existe garantia nenhuma, dada por ancap nenhum, que um caso destes não pudesse acontecer. É apenas uma forma livre - Liberdade - de dispor do que é seu - Propriedade - para não perturbar a ordem social vigente na dita comunidade - Paz.
Questões menores:
O Tradicionalismo.
Caro Rui, não é mesmo só o meu caso. Sei que apelar continuamente a exemplos históricos não é uma solução que o satisfaz, e pode até cansá-lo - mas se juntarmos as Guerras Carlistas, as Miguelistas, o Exército Branco Russo, o Sonderbund na Suíça, a Vendeia na França Jacobina, os Jacobitas contra a Glorious Revolution, o Sul Confederado, etc., pode ver que no que toca à acção o tradicionalismo não tem optado por ficar sentado em casa. Específicamente contra o poder crescente do Estado Leviatã não deve ter havido ideologia que mais se revoltou. Ou, devo dizer, contrarrevoltou.
O Jusnaturalismo.
Esta questão é algo mais complicada e exige um ensaio que lhe queria mostrar, mas terá de ser por email e com tempo. O mesmo se passando com o problema distributivista. Comprometo-me, valentemente e perante os leitores, a não o deixar sem resposta.
No entanto um comentário é possível: A diferença única poderá ser melhor explicada como a "barreira" única. Não fosse, como disse o Rui, o status quo, e a manifesta obsessiva vontade de o manter, e possivelmente todos os conservadores (e liberais-democratas, e hayekianos, e democratas-cristãos, e etc.) seriam ancaps.
Apresento em baixo, as minhas razões para considerar que, numa comunidade ancap, seria natural a escravatura:
1- O ideário político ancap faz-se, especialmente, contra os fundamentos do Estado Moderno. Apenas no contexto de um estado moderno podemos observar as tendências democratizantes e socialistas que tanto o blogue do Rui como o meu atacam.
2- A origem da escravatura é anterior à fundação deste- logo, do ponto de vista histórico, temos de ver os fundamentos desta instituição a uma luz diferente daquela causada pelas consequências da acção do Estado pós-revolucionário.
3- Assim sendo, podemos considerar que, num Estado Natural - pegando em Hobbes - a escravatura seria possível.
4- Como? Os valores Liberdade, Propriedade, e Paz podem facilmente devorar-se. Numa sociedade onde não existam imperativos morais além destes um homem pode escolher escravizar-se para pagar uma dívida ou porque, simplesmente, não aguenta a pressão de ser uma adulto responsável. Da mesma maneira que dispões do seu corpo de forma irrestrita - aborto, suicídio assistido, etc. - não existe garantia nenhuma, dada por ancap nenhum, que um caso destes não pudesse acontecer. É apenas uma forma livre - Liberdade - de dispor do que é seu - Propriedade - para não perturbar a ordem social vigente na dita comunidade - Paz.
Questões menores:
O Tradicionalismo.
Caro Rui, não é mesmo só o meu caso. Sei que apelar continuamente a exemplos históricos não é uma solução que o satisfaz, e pode até cansá-lo - mas se juntarmos as Guerras Carlistas, as Miguelistas, o Exército Branco Russo, o Sonderbund na Suíça, a Vendeia na França Jacobina, os Jacobitas contra a Glorious Revolution, o Sul Confederado, etc., pode ver que no que toca à acção o tradicionalismo não tem optado por ficar sentado em casa. Específicamente contra o poder crescente do Estado Leviatã não deve ter havido ideologia que mais se revoltou. Ou, devo dizer, contrarrevoltou.
O Jusnaturalismo.
Esta questão é algo mais complicada e exige um ensaio que lhe queria mostrar, mas terá de ser por email e com tempo. O mesmo se passando com o problema distributivista. Comprometo-me, valentemente e perante os leitores, a não o deixar sem resposta.
No entanto um comentário é possível: A diferença única poderá ser melhor explicada como a "barreira" única. Não fosse, como disse o Rui, o status quo, e a manifesta obsessiva vontade de o manter, e possivelmente todos os conservadores (e liberais-democratas, e hayekianos, e democratas-cristãos, e etc.) seriam ancaps.