segunda-feira, 20 de abril de 2015

João Camossa - entre a Anarquia e a Monarquia

texto de Daniel Sousa, no Literatura Marginal:
Camossa invocava uma corrente libertária para quem o rei devia ser o último vestígio do Estado. Podia também aliar-se a outro anarca-monárquico, o Salvador Dali, ou a um Tolkien, cujo pensamento não divergiria muito. Ou ainda, um pouco mais velho mas ainda assim conhecido, um homem livre como Afonso Lopes Vieira, e ainda, próximo e contemporâneo, um Agostinho da Silva, no reencontro entre um neo-republicanismo místico e um concepção anarco-comunalista reivindicada por uma facção do Partido Popular Monárquico, ideias compreendidas da influência de Herzen e do federalismo municipalista que apaixonara, nos primórdios da contestação oitocentista, uma primeira geração de republicanos. Subsumiam-se as ideias de uma monarquia pré-absolutista, idealizada na sua formulação popular e democrática, porque o que é verdadeiramente tradicional é inventar o futuro (diria mestre Agostinho da Silva).

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves