«Sobre o Crescente e a Cruz
Atrás do Arado
a Raça canta sempre e ainda espera.
Cheia de fé, semeia. E o grão sagrado
muda-lhe a esperança em pão abençoado
por cada Primavera.
Sobe da estepe, quando a relha a corta,
não sei que incerta voz, que enlevo esparso.
É cinza heróica, são ossadas nuas.
Toda a grandeza morta,
rimando a intrepidez do velho sangue
com o furor fecundo das charruas.»
("Antologia Poética". Lisboa: Guimarães Editora, 1960, pág. 76)
Atrás do Arado
a Raça canta sempre e ainda espera.
Cheia de fé, semeia. E o grão sagrado
muda-lhe a esperança em pão abençoado
por cada Primavera.
Sobe da estepe, quando a relha a corta,
não sei que incerta voz, que enlevo esparso.
É cinza heróica, são ossadas nuas.
Toda a grandeza morta,
rimando a intrepidez do velho sangue
com o furor fecundo das charruas.»
("Antologia Poética". Lisboa: Guimarães Editora, 1960, pág. 76)