quarta-feira, 11 de julho de 2012

Para si, Camões

No ano do leão, reinava pacificamente uma volatilidade no ar
que nem o Cupido conseguia apanhar
No ano do pombo-torcaz, reinava alegre e lentamente uma maresia florentina
que nem a Vénus era consentida permissão para ser menina

No meu tempo, o tempo tinha tempo para ser menino
No tempo dela, a franja que ela não tinha era cretina

No canto da mesa
o copo
No ramo da presa
o tolo

"Mas ela reina?"

"Em várias flamas variamente ardia"

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"(...) as leis não têm força contra os hábitos da nação; (...) só dos anos pode esperar-se o verdadeiro remédio, não se perdendo um instante em vigiar pela educação pública; porque, para mudar os costumes e os hábitos de uma nação, é necessário formar em certo modo uma nova geração, e inspirar-lhe novos princípios." - José Acúrsio das Neves